quarta-feira, abril 08, 2009

FREEPORT - A CALDEIRA DO INFERNO PARA SÓCRATES


......Manter a chama maldita, reactivar o fogo do inferno para onde o danado demo pretende atirar o primeiro-ministro, tem sido a tarefa perene dos rastejantes servidores de seus amos, desfeiteados pela perda de influências a que estavam habituados.
......Os zelosos acólitos dos purpurados da política da maquinação, entenderam que se excedia o tempo do fogo amortecido da caldeira Freeport, destinada à queima de Sócrates e , receando a sua total extinção, vá de procurarem um oportuno atiçador .
......Para o efeito, por feliz acaso, tiveram à mão e jamais o largaram, um incauto cidadão que, de boa fé e descuidado da responsabilidade da sua posição política, em conversa de café, foi dizendo aos dois procuradores que lideram a investigação do infernal caso o que qualquer bom português, advinha-se, tem em seu pensamento : “ O que eu sei é que o primeiro-ministro quer isto esclarecido rapidamente”.
......Foi exactamente isto que Lopes da Mota, presidente da Eurojust, publicamente, admitiu ter dito a Pães Faria e a Vítor Magalhães e pergunta : “Isto é uma pressão?”
De imediato, a expansão retumbante, como convinha. O semanário Sol noticiou que o ministro da Justiça, Alberto Costa, usou Lopes da Mota como intermediário das pressões que tinham como objectivo principal o arquivamento parcial do Freeport na parte respeitante a José Sócrates. E ilações, sem conta , foram lançadas no ar .
......Para que a escandaleira tivesse a maior e mais elevada repercussão, o recém-eleito presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, solicitou audiência ao Presidente da República para a respectiva denúncia, desautorizando o PGR , Pinto Monteiro, que se mostrou bastante incomodado pelo que constitui “ uma violação dos deveres deontológicos e disciplinares”- disse.

......Será que algum português, situado do lado honesto da questão, duvida de que o pensamento e desejo do Sr. Primeiro-Ministro seja o de que se acabe, de uma vez por todas, com um processo cujo principal, mas sempre gorado objectivo, é o de inculpar, por qualquer meio, o homem que tem tido a ousadia de proceder ao maior número de reformas de que nenhum anterior governo democrático foi capaz ?
......E será normal que este maldito processo se arraste, vai em 4 anos, com uma interrupção demais de 3 ?
E porquê, agora, mais um período do declarado segredo de justiça (deixa-me rir), pelo menos até Julho de 1910 ?
......É óbvio que, este prolongamento , muito para além das próximas eleições, será só para que não se pense na verdade do estratagema da caça ao homem.

2 comentários:

terramar e ar disse...

Existe uma norma do código deontológico dos jornalistas, que os proibe de mandarem bitaites , opiniões ou sequer falar de processos judiciais , ou fases judiciais.. e muito menos de questões ainda em segredo de justiça...
E essa atitude deontológica não é em defesa dos "culpados", mas em defesa da justiça...

Dimas Maio disse...

Só que os jornalistas sempre se fartaram de propalar, à rédea solta, esses mesmos segrdos de Justiça e não creio que essa marosca venha a acabar. E de onde colhem eles os mesmos segredos ?
Está bom de ver, não ?...
Deixa-me rir, repito: