domingo, dezembro 09, 2007

. "POR QUÉ NO TE CALLAS ? !"

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..................(clicar sobre a imagem )

........ Quando é que este opinante opina com sensatez e mostra alguma seriedade nos seus argumentos de modo a merecer alguma credibilidade ?
......“Inveterado má-língua” foi o título com que epigrafei o meu post ( 22 de Outubro), que se referia ao seu artigo de crítica ao livro, ou melhor, ao autor do livro “Equador “, Miguel de Sousa Tavares . Já, então, se via que a sua única linguagem era a depreciação do mérito do escritor . “Nunca me ocorreu que Miguel Tavares se tomasse por um escritor” – disse. Mas a si próprio se condena quando refere : “ li a coisa no hospital, numa altura em que não tinha cabeça para mais nada”. Afinal, constata-se que o hospital não lhe pôs a cabeça a servir para grande coisa. Está visto que não acabou o tratamento ou é mal-ruim sem remédio. Por isso, despeitado, continua à procura de algum protagonismo,sobre o que quer que seja que, se algum dia o teve, perdeu-o, por completo. Tudo o que dele tenho lido no jornal “Público” é só maledicência .
..... Jamais fez uma análise critica com alguma solidez de argumentação. É o que se vê repetido ainda agora, com a sua idiótica ironia sobre as qualidades de Sócrates. Não lhe podendo negar o valor e sentindo comparativamente a sua própria mediocridade, recorre à zombaria para rematar, com uma infeliz conclusão que denuncia a sua própria nulidade de espírito.

domingo, dezembro 02, 2007

O PRESTÍGIO DA NOBRE ARTE DE ENSINAR

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......Meu amigo Armando ( o Marquês ) deu-me, noutro dia, uma ferroadazinha a propósito de um e-mail que lhe enviei, de resposta a um outro seu. Mal compreendido por si, entendendo presunção minha, o que julgou ser uma lição de português, na contra-resposta, titula-me de Senhor “Professor Dr. …”

......Presumo, então, que o meu amigo Marquês, tal como eu, entende que esta dupla cartolada de reverência é, por demais, exclusiva do folclore português. Exagero ridículo para outros povos civilizados. O português ama demais esta titulação de vacuidade. É, não raro, fogo-fátuo da incompetência na função que exerce.

......Analisemos etimologicamente a importância desta "honra" ao expoente máximo do actual “homo sapiens” : o “Professor Dr.”
......Dr. abreviatura de doutor , vem do latim, doctor, doctoris : aquele que ensina ; mestre
......Assim, também, o verbo doceo, doces ,docere ,docui, doctum (enunciando, respectivamente, a primeira e segunda pessoa do pres. do indicativo, infinitivo, primeira pessoa do pert. perf. do indicativo e supino) significa ensinar. Inscreve-se aqui, ainda, o adjectivo docente que diz respeito a professores; ex. : o corpo docente de uma escola. ; docência , o mesmo que professores, o professorado.
......Professor, oris – mestre; aquele que ensina.

......Conclusão: O Professor Dr. é uma redundância ou duas vezes professor; é um professor a valer por dois; ensina a dobrar. Será?

......Isto, em parte, explica-se porque, no meu entender, o termo doutor que designava a arte de ensinar, pelo prestígio que tinha esta nobre profissão, passou a título honorífico.
......Não é que sofresse qualquer evolução semântica, foi e tem sido, apenas, usado pelas classes que se têm como distintas. É actualmente referente a médicos e advogados, outras ocupações pouco conhecidas, a outros cursos académicos superiores mal definidos, sem actividade e, ainda, com a justeza que acabo de afirmar, a professores do Ensino Secundário .

......Quanto a mim, se me querem honrar, prefiro continuar a ser simplesmente professor, minha profissão, ainda que na reforma.