segunda-feira, outubro 22, 2007

INVETERADO MÁ-LÍNGUA

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...... Reproduzi, aqui, o recorte do jornal “Público” com a nota : aguarda o texto.
........Fi-lo, confesso, na intenção de criar alguma expectativa para o desenvolvimento do título INVETERADO MÁ-LÍNGUA, baseado, já se vê, na análise crítica do artigo de opinião de VPV a confirmar o seu crónico vício da maledicência:

........Valente de cultura, à sua maneira, não é parco nem brando na depreciação do mérito do autor do romance “Equador” . Sublinhei no texto algumas passagens mais marcantes da sua insensatez: Então, o romance “Equador” "é implausível e pueril" Bem, compreende-se : "eu(ele) li a coisa no hospital, numa altura em que não tinha cabeça para mais nada". Aparte: - afinal para que tem ele tal cabeça ?

....... Despeitado e desdenhoso: "nunca me ocorreu que Miguel Sousa Tavares se tomasse por um escritor".
....... .Diz mais: "Miguel Sousa Tavares revelou ontem ao Expresso que eu (ele), quando o critiquei, não tinha lido o livro e que depois, quando de facto o li, o achei óptimo. Quem lhe contou foi um amigo anónimo, presumivelmente tão analfabeto como ele ; e em que ele, claro, piamente acredita".
....... Aqui é que VPV revela a sua cegueira autista . Não percebe que MST usa a ironia pelo belo prazer da desforra da sua genuína maledicência. O escritor quer simplesmente referir que este senhor jamais fez justiça ou elogiou obra de quem se revele mais importante do que ele se julga ser.

....... Em todos as revelações de saber ele se apronta para evidenciar o sua posição em primeiro plano, menosprezando a dignidade daqueles a quem se refere como inferiores.

...... Desde sempre, não o reconheço de outro modo. E cultura, não vejo que a mostre, de tanta importância , nos seus desagradáveis escritos, para merecer alguma referência ao valor que, quanto a mim, não é tanto de considerar.

sábado, outubro 13, 2007

GUERRAS DE ALECRIM E MANJERONA

Esta peça, decalcada da de A.J. da Silva ( o Judeu) não satiriza a rivalidade entre ranchos carnavalescos (Alecrim e a Manjerona, no Bairro Alto) mas, o mesmo carnaval, entre facções políticas, na Póvoa de Varzim. Por isso, é para rir e não lamentar, como poderá parecer.
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Um cartaz jornalístico anuncia a peça político - jocosa em cena na Póvoa de Varzim :

"SILVA GARCIA ACUSADO DE DIFAMAR MACEDO VIEIRA E AIRES PEREIRA "

Ou, em outro, panfleto:

O “IDIOTA” ESTÁ A SER JULGADO

A peça, cuja intriga já é bem conhecida do público da Póvoa de Varzim e arredores, esteve em cena, há dias, num primeiro acto, com os actores principais a desempenharem bem os seus papeis O segundo acto terá lugar no próximo dia 29 de Outubro com mais actores em cena .
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Realmente, poderá levar-se a sério um julgamento que tem por base a acusação deduzida de uma expressão, que, erradamente, se diz atentatória da honra dum político, proferida por um seu antagonista” ?

Concretamente, “o Ministério Público pronunciou Silva Garcia por "dois crimes de difamação" contra Macedo Vieira já que entendia que a expressão “idiota” era atentatória da honra de Macedo Vieira e Aires Pereira que se constituíram assistentes na acusação"

Vejamos a frase em que se insere o termo idiota:

Do Porto a Valença todos os autarcas têm reagido em defesa dos interesses dos seus cidadãos : independentemente dos partidos políticos a que pertencem , estão todos contra as portagens na IC1/A28 ! Na Póvoa , o PSD de Aires Pereira e o Presidente da Câmara Macedo Vieira põem o interesse dos poveiros em segundo plano . Manejam de forma idiota o princípio neo-liberal do utilizador – pagador e querem que todos paguemos portagens. "

Consideremos a expressão face ao idioma português:

Alteremos a frase : Manejam de forma idiota o princípio neo-liberal … , para : é uma idiotice a forma como manejam o princípio neo-liberal ….
Há alguma diferença, em substância ? No entanto, não dava para queixinhas, ou dava ?

Se eu disser : julgo que o promotor desta acusação cometeu uma asneira , estarei, por ventura , na intenção de chamar –lhe asno, mesmo sabendo que asno é a palavra a que se junta o sufixo eira para formar a nova palavra asneira ?

Então? Só o asno faz asneiras ? Só os idiotas, manejam de forma idiota , ou cometem idiotices ?

Quem, alguma vez, não disse para com os seus botões, quando ,em dado momento, reconhece que cometeu um erro : grande idiota que eu sou !

Quando muito, a expressão em causa poderá ser considerada um insulto, dos mais frequentes em banais altercações e, até entre amigos, sem consequência. Mas nunca, por nunca, uma difamação!
Este queixoso esqueceu-se que, não vai assim muito tempo, apelidou, aquele que conseguiu tornar réu, de esquisofrénico. Foi mais suave, porventura , esse insulto?
Difamar, na riqueza do nosso idioma, é caluniar , é ignominiar, como, por exemplo, apelidar de corrupto,vigarista; inventar acerca de alguém histórias ou condutas ignominiosas.

Finalmente, quem não tem assistido, na Assembleia da República, a esta troca de mimos entre os depotados e a ver qual deles é o mais mordaz para com o seu ou seus antagonistas. ( vd. indignidades políicas, arq. Março Abril, neste blog )