domingo, dezembro 09, 2007

. "POR QUÉ NO TE CALLAS ? !"

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..................(clicar sobre a imagem )

........ Quando é que este opinante opina com sensatez e mostra alguma seriedade nos seus argumentos de modo a merecer alguma credibilidade ?
......“Inveterado má-língua” foi o título com que epigrafei o meu post ( 22 de Outubro), que se referia ao seu artigo de crítica ao livro, ou melhor, ao autor do livro “Equador “, Miguel de Sousa Tavares . Já, então, se via que a sua única linguagem era a depreciação do mérito do escritor . “Nunca me ocorreu que Miguel Tavares se tomasse por um escritor” – disse. Mas a si próprio se condena quando refere : “ li a coisa no hospital, numa altura em que não tinha cabeça para mais nada”. Afinal, constata-se que o hospital não lhe pôs a cabeça a servir para grande coisa. Está visto que não acabou o tratamento ou é mal-ruim sem remédio. Por isso, despeitado, continua à procura de algum protagonismo,sobre o que quer que seja que, se algum dia o teve, perdeu-o, por completo. Tudo o que dele tenho lido no jornal “Público” é só maledicência .
..... Jamais fez uma análise critica com alguma solidez de argumentação. É o que se vê repetido ainda agora, com a sua idiótica ironia sobre as qualidades de Sócrates. Não lhe podendo negar o valor e sentindo comparativamente a sua própria mediocridade, recorre à zombaria para rematar, com uma infeliz conclusão que denuncia a sua própria nulidade de espírito.

domingo, dezembro 02, 2007

O PRESTÍGIO DA NOBRE ARTE DE ENSINAR

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......Meu amigo Armando ( o Marquês ) deu-me, noutro dia, uma ferroadazinha a propósito de um e-mail que lhe enviei, de resposta a um outro seu. Mal compreendido por si, entendendo presunção minha, o que julgou ser uma lição de português, na contra-resposta, titula-me de Senhor “Professor Dr. …”

......Presumo, então, que o meu amigo Marquês, tal como eu, entende que esta dupla cartolada de reverência é, por demais, exclusiva do folclore português. Exagero ridículo para outros povos civilizados. O português ama demais esta titulação de vacuidade. É, não raro, fogo-fátuo da incompetência na função que exerce.

......Analisemos etimologicamente a importância desta "honra" ao expoente máximo do actual “homo sapiens” : o “Professor Dr.”
......Dr. abreviatura de doutor , vem do latim, doctor, doctoris : aquele que ensina ; mestre
......Assim, também, o verbo doceo, doces ,docere ,docui, doctum (enunciando, respectivamente, a primeira e segunda pessoa do pres. do indicativo, infinitivo, primeira pessoa do pert. perf. do indicativo e supino) significa ensinar. Inscreve-se aqui, ainda, o adjectivo docente que diz respeito a professores; ex. : o corpo docente de uma escola. ; docência , o mesmo que professores, o professorado.
......Professor, oris – mestre; aquele que ensina.

......Conclusão: O Professor Dr. é uma redundância ou duas vezes professor; é um professor a valer por dois; ensina a dobrar. Será?

......Isto, em parte, explica-se porque, no meu entender, o termo doutor que designava a arte de ensinar, pelo prestígio que tinha esta nobre profissão, passou a título honorífico.
......Não é que sofresse qualquer evolução semântica, foi e tem sido, apenas, usado pelas classes que se têm como distintas. É actualmente referente a médicos e advogados, outras ocupações pouco conhecidas, a outros cursos académicos superiores mal definidos, sem actividade e, ainda, com a justeza que acabo de afirmar, a professores do Ensino Secundário .

......Quanto a mim, se me querem honrar, prefiro continuar a ser simplesmente professor, minha profissão, ainda que na reforma.

sexta-feira, novembro 02, 2007

FEIRAS EM A VER-O-MAR

......................................................clicar sobre as imagens
......Estas são as duas feiras, distintas pelos produtos que expõem: a primeira, mais antiga, para a venda de toda a espécie de produtos confeccionados, é instalada, regularmente aos domingos, no Largo do Emigrante ; a outra, onde se vêem duas ciganas, deslocadas pelos artigos que ai pretendem vender, apresenta produtos hortícolas e pescado, é montada diariamente no largo de Fragosa.
.....Embora eu entenda que este género de comércio esteja hoje completamente ultrapassado, em vista dos hipermercados e supermercados próximos, vendendo de tudo e a preços que as feiras não têm condições de oferecer, obrigo-me a reconhecer que há e haverá sempre, pessoas que gostam do jogo de regateio, de marchander, como dizem os franceses. Quando ganham ou pensam tal, isso lhes dá grande prazer e lhes proporciona maior vivacidade e alegria, criando-se naqueles espaços um belo ambiente de comunicação festiva.
......Assim está de parabéns a Junta de Freguesia actual que, acabando com aquele caos anterior, pôs ordem no arraial, alargou-o para além do Largo e fê-lo estender pelo passadiço do rio d’esteiro . E, com a vantagem de uma boa receita, obtida pelas taxas de ocupação dos lugares dos feirantes.

......Por outro lado, é de lamentar o que se passa no espaço de Fragosa . Ali a feira não tem o mínimo de condições de higiene e salubridade, dada a natureza dos produtos expostos. Acresce a agravante do aborrecimento que causam, no verão, o grande movimento de pessoas e veículos que excedendo o espaço do largo, restringem a circulação na estrada marginal, com a iminência de algum grave acidente.

.......Apenas uma sugestão:
.......Por que não montar esta feira no espaço, que estaria, penso eu, destinado a um mercado destes produtos ? Julgo que seria ali, no extremo sul da Travessa da Escola Nova, a confinar com a rua da Associação da Banda Musical da Póvoa de Varzim e muito próximo da Praça Almeida Garrett… É um amplo terreno, mesmo a jeito de se proceder à instalação das exigidas condições de salubridade.
E mais, seria um bom investimento para mais alguns proventos da carenciada Junta de Freguesia.

segunda-feira, outubro 22, 2007

INVETERADO MÁ-LÍNGUA

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..... ( clicar sobre a imagem)

...... Reproduzi, aqui, o recorte do jornal “Público” com a nota : aguarda o texto.
........Fi-lo, confesso, na intenção de criar alguma expectativa para o desenvolvimento do título INVETERADO MÁ-LÍNGUA, baseado, já se vê, na análise crítica do artigo de opinião de VPV a confirmar o seu crónico vício da maledicência:

........Valente de cultura, à sua maneira, não é parco nem brando na depreciação do mérito do autor do romance “Equador” . Sublinhei no texto algumas passagens mais marcantes da sua insensatez: Então, o romance “Equador” "é implausível e pueril" Bem, compreende-se : "eu(ele) li a coisa no hospital, numa altura em que não tinha cabeça para mais nada". Aparte: - afinal para que tem ele tal cabeça ?

....... Despeitado e desdenhoso: "nunca me ocorreu que Miguel Sousa Tavares se tomasse por um escritor".
....... .Diz mais: "Miguel Sousa Tavares revelou ontem ao Expresso que eu (ele), quando o critiquei, não tinha lido o livro e que depois, quando de facto o li, o achei óptimo. Quem lhe contou foi um amigo anónimo, presumivelmente tão analfabeto como ele ; e em que ele, claro, piamente acredita".
....... Aqui é que VPV revela a sua cegueira autista . Não percebe que MST usa a ironia pelo belo prazer da desforra da sua genuína maledicência. O escritor quer simplesmente referir que este senhor jamais fez justiça ou elogiou obra de quem se revele mais importante do que ele se julga ser.

....... Em todos as revelações de saber ele se apronta para evidenciar o sua posição em primeiro plano, menosprezando a dignidade daqueles a quem se refere como inferiores.

...... Desde sempre, não o reconheço de outro modo. E cultura, não vejo que a mostre, de tanta importância , nos seus desagradáveis escritos, para merecer alguma referência ao valor que, quanto a mim, não é tanto de considerar.

sábado, outubro 13, 2007

GUERRAS DE ALECRIM E MANJERONA

Esta peça, decalcada da de A.J. da Silva ( o Judeu) não satiriza a rivalidade entre ranchos carnavalescos (Alecrim e a Manjerona, no Bairro Alto) mas, o mesmo carnaval, entre facções políticas, na Póvoa de Varzim. Por isso, é para rir e não lamentar, como poderá parecer.
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Um cartaz jornalístico anuncia a peça político - jocosa em cena na Póvoa de Varzim :

"SILVA GARCIA ACUSADO DE DIFAMAR MACEDO VIEIRA E AIRES PEREIRA "

Ou, em outro, panfleto:

O “IDIOTA” ESTÁ A SER JULGADO

A peça, cuja intriga já é bem conhecida do público da Póvoa de Varzim e arredores, esteve em cena, há dias, num primeiro acto, com os actores principais a desempenharem bem os seus papeis O segundo acto terá lugar no próximo dia 29 de Outubro com mais actores em cena .
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Realmente, poderá levar-se a sério um julgamento que tem por base a acusação deduzida de uma expressão, que, erradamente, se diz atentatória da honra dum político, proferida por um seu antagonista” ?

Concretamente, “o Ministério Público pronunciou Silva Garcia por "dois crimes de difamação" contra Macedo Vieira já que entendia que a expressão “idiota” era atentatória da honra de Macedo Vieira e Aires Pereira que se constituíram assistentes na acusação"

Vejamos a frase em que se insere o termo idiota:

Do Porto a Valença todos os autarcas têm reagido em defesa dos interesses dos seus cidadãos : independentemente dos partidos políticos a que pertencem , estão todos contra as portagens na IC1/A28 ! Na Póvoa , o PSD de Aires Pereira e o Presidente da Câmara Macedo Vieira põem o interesse dos poveiros em segundo plano . Manejam de forma idiota o princípio neo-liberal do utilizador – pagador e querem que todos paguemos portagens. "

Consideremos a expressão face ao idioma português:

Alteremos a frase : Manejam de forma idiota o princípio neo-liberal … , para : é uma idiotice a forma como manejam o princípio neo-liberal ….
Há alguma diferença, em substância ? No entanto, não dava para queixinhas, ou dava ?

Se eu disser : julgo que o promotor desta acusação cometeu uma asneira , estarei, por ventura , na intenção de chamar –lhe asno, mesmo sabendo que asno é a palavra a que se junta o sufixo eira para formar a nova palavra asneira ?

Então? Só o asno faz asneiras ? Só os idiotas, manejam de forma idiota , ou cometem idiotices ?

Quem, alguma vez, não disse para com os seus botões, quando ,em dado momento, reconhece que cometeu um erro : grande idiota que eu sou !

Quando muito, a expressão em causa poderá ser considerada um insulto, dos mais frequentes em banais altercações e, até entre amigos, sem consequência. Mas nunca, por nunca, uma difamação!
Este queixoso esqueceu-se que, não vai assim muito tempo, apelidou, aquele que conseguiu tornar réu, de esquisofrénico. Foi mais suave, porventura , esse insulto?
Difamar, na riqueza do nosso idioma, é caluniar , é ignominiar, como, por exemplo, apelidar de corrupto,vigarista; inventar acerca de alguém histórias ou condutas ignominiosas.

Finalmente, quem não tem assistido, na Assembleia da República, a esta troca de mimos entre os depotados e a ver qual deles é o mais mordaz para com o seu ou seus antagonistas. ( vd. indignidades políicas, arq. Março Abril, neste blog )

sábado, setembro 29, 2007

A VER-O-MAR, A BELEZA DAS PRAIAS DO NORTE !!!
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(clicar sobre a imagem)
( imagem focada de minha varanda)
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A partir do “moinho”, que foi, de Luísa Dacosta, em primeiro plano, até à pousada de Santo André, ao fundo, vislumbra-se uma paisagem que exige a nossa presença física para, então, nos encantar com a sua beleza natural.

Ao longo da orla, os rochedos desenham pequenas enseadas convidativas a uma boa e tranquila banhada, seguida de uma repousante deita sobre a “branca areia” e obter um bom bronzeamento ao sol, beneficiando, ainda, da salutar influência do iodo de que são ricas aquelas praias .

Fazendo o percurso, para norte, pela avenida que deverá chamar-se de Luísa Dacosta, aquela que se vê a nascente do citado “moinho”, chega-se até à praia de Chalo; daqui , voltando na perpendicular à direita, continuamos por outra rua, na mesma direcção até à , muito movimentada, praia de Quião.
Aqui, a via é interrompida e a fímbria da maré contorna ou é contornada por uma área rural, de modo que, para uma visita às praias, a não se fazer pelo areal ter-se-ão de percorrer caminhos transversais.

Esta envolvente rural inspira um repousante lazer, sem o incómodo agitar ruidoso das massas em veraneio.
Para estes lados, julgo que continua de pé o projecto de Manuel Agonia, de uma talassoterapia ( vd. post 26.Nov.06 ). Aqui fica, realmente, no espaço adequado.

Assim, estas praias sugerem uma intervenção que em nada altere a sua pureza natural e a beneficiem, isso sim, apenas com os indispensáveis equipamentos concebidos e planeados por alguém com a devida competência.

A este propósito, e referindo-se à imagem aqui inserida “Rouxinol de Bernardim” escreve em comments : “Isto é mesmo um encanto,(…) mas precisa de alguns retoques, isso precisa… Esperemos que o Arq, Silva Garcia, quando for Presidente, lhe dê o estatuto que merece!

segunda-feira, setembro 24, 2007

O ESCRITOR AVEROMARENSE, GOMES DE AMORIM REFERE
ESTA, COMO A "PRAIA D'AMOROSA"
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(clicar na imagem para ampliá-la)
De minha varanda foquei esta imagem.
Repare-se na beleza natural destas praias
de
A ver-o-Mar
e
como lhes fica bem aquele ornato das ruínas !
Temo que a força do Presidente Dr. Macedo Vieira
les ira trancher durante o próximo mês de Janeiro e
que, desta vez, por azar, não falte à sua promessa.
(vd. post " Aver-o-Mar calcanhar de Aquiles ...)

sábado, setembro 08, 2007

ILUSTRAÇÃO DO POST ANTERIOR
"AVER-O-MAR - CALCANHAR DE AQUILES DE MACEDO VIEIRA"
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(clicar nas imagens para ampliá-las)"Benvindo" aponta para o analfabetismo;
assuma-se o erro e corrija-se para Bem-vindo

"Relíquias sagradas" da era do "seareiro" averomarense ,

trabalhador da terra e do mar,por isso, não se procederá

à sua demolição?

Automóveis a esmo, adentro da bela praia do

"Penedo-do-Sol, chocante poluição do ambiente.

Imagine-se, aqui, a implantação de "dois blocos de apartamentos" :

seria o luixo do campo de futebol substiuído por um crime urbanístico !

quarta-feira, agosto 15, 2007

AVER-O-MAR - CALCANHAR DE AQUILES DE MACEDO VIEIRA

(clicar no recorte, antes de mais, para o poder ler)
(bajulação versus subserviência )

Não será um mero exercício de redacção para revelar pretensos dotes de escrevedor, o texto que começo a delinear, preocupando-me, tão simplesmente, com a clareza do objectivo que tenho em mente e esse é da justiça do cidadão consciente da reciprocidade dos deveres a que escrupulosamente se obriga a cumprir, e a contrapartida dos direitos que lhe assistem.

É da justiça democrática a livre intervenção da pessoa , para o louvor ou a apreciação desfavorável das entidades com responsabilidades na administração pública, não só da gestão da propriedade pública, que lhe é confiada, como das acções e relacionamento oficial, com outros órgãos de poder, no espaço em que se insere o seu exercício administrativo

A minhas manifestações elogiosas ou de desagrado têm sido, e serão sempre, pautadas pela honestidade de um espírito independente, livre de favores de que não tenho precisado. E, dos amigos, se são sinceros, conto sempre com o seu bom entendimento, considerando a estima em que os tenho, independentemente dos louvores ou críticas que circunstancialmente me mereçam pelos actos de responsabilidade pública de que sejam os principais agentes.
A maledicência gratuita não é da minha conta. No entanto, não deixo de exercer a frontalidade, usando a propriedade ou adequação dos termos à importância ou gravidade , que entendo considerar, de cada caso.

*
Esta versão do “ Arranjo da Marginal avança em Janeiro” é de tal maneira estranha que entendo ser impossível que alguém a aceite como credível .Seria esta a tal intervenção fantástica prometida por Aires Pereira, aquando da proximidade das últimas eleições autárquicas? É realmente fantástica, na rigorosa acepção do termo! É fantástica porque, pelos elementos fornecidos , não se vislumbra como será concluída. É coisa para se ir fazendo, ou fingir que se faz, não para se fazer, porque on va travailler par des “ tranches” – corta-se às “fatias” fininhas, como de presunto se tratasse . A promessa assim, não compromete o promitente. Que bela astúcia !
E, mais …Imagine-se que a Câmara vai investir no projecto a fantástica ( no sentido ,hoje, usado e abusado do termo) quantia de “três milhões de euros” ! Será possível tal desperdício, em Aver-o-Mar de seiscentos mil contos? Que loucura ! . “E este projecto engloba a execução de dois blocos de apartamentos no sítio onde está o campo de futebol , para realojar as pessoas que têm as casa a poente da Marginal.” (sic) . - Será assim como um pequeno bairro de deslocados. E quem serão, eles ?
Pelos vistos, começar-se-ão a demolir as casas, incluindo os dois estabelecimentos: o bazar e a pastelaria na rua(?) do Farol e, enquanto não forem construídos os blocos de apartamentos, os proprietários ficarão instalados num hotel, a expensas da Câmara, exactamente como os retornados das colónias. Ou, como será, então?

Por este desconcerto, seria de sufocar de riso, não fora, pelo contrário, a indignação que tal provoca no espírito de quem vê repetida a comédia do logro em que foi comparsa inconsciente aquele que, vítima da sua humildade e boa fé, foi afastado da cena pública em que durante vários anos foi actor aplaudido ( vd. post, “insucesso da demagogia,” archive 29 Abril)

*
Aver-o-Mar tem sido a freguesia mais abandonada do concelho. Atente-se no contraste flagrante, ou melhor, chocante, que esta terra mostra em confronto com a cidade. A nomeada vila começa, exactamente no termo da pedonal de Lagoa, início da Avenida dos Pescadores. Em vão podem teimar que o seu começo está sinalizado pelas placas do Benvindo,(1) de Aver-o-Mar ( Benvindo é nome de pessoa e o meu amigo “Benvindo das Santas” já faleceu, há muito tempo.).
Repare-se que a Câmara apenas deixa de fazer a manutenção da cidade a partir da Avenida dos Pescadores. Portanto, as marcas do abandono começam aí, na real vila das históricas ruínas.( vd. archives 4 Maio, 207)

O campo de futebol de pó de calcário (que outra freguesia, tem este luixo ?) na beira da estrada, é uma das grandes nódoas do ambiente. Nos tempos secos e de calor o pó que os remoinhos de vento levantam sobe até ao último andar dos edifícios próximos , entrando pelas janelas, conspurcando tudo no interior dos apartamentos. E eu sou uma das vítimas!
Desgraçadamente, a “força do Dr. Macedo Vieira (presidente da Câmara)” não dá para resolver este problema, enquanto não houver necessidade da “execução de dois blocos (de apartamentos), no sítio onde está o campo de futebol para realojar as pessoas que têm as casas a poente da Marginal” (sic.).
Imagine-se, só, o maior disparate urbanístico que este bairro de deslocados representaria, ali, em cima da praia e junto à boca do esgoto do esteiro, se não fosse apenas o complemento da promessa “fantástica”.

O tempo passou em que Macedo Vieira estava todo voltado para o litoral de Aver-o-Mar. Recorde-se os placares que diziam, mais ou menos, isto : “a cidade já não cabe aqui” e apontavam para norte, para Aver-o-Mar.
E Luís Diamantino, na Câmara, falou-me, entusiasmado, da tal intervenção fantástica nas praias desta vila. Havia já um ante-projecto e, não esqueço que, do respectivo equipamento, constava um luxuoso hotel onde, agora, se faz um enorme parque, acumulando, no Verão, toda a sorte de carros, desde ligeiros até aos TIR. - Coisa, muito feia e poluidora, aquela, mesmo em cima da praia !

Surpreendentemente, não sei por que cargas d’água, Macedo Vieira girou, como um cata-vento, para nascente e lança-se , com grande propaganda do seu ego, para uma imponente urbanização que tem por motivo central o almejado parque da cidade, que , inegavelmente lhe confirmará o majestático poder.

Por vezes, confesso, gosto de recorrer à ironia para dar um pouco de humor e mordacidade à minha crítica, mas, neste caso, embora com um pouco de pretensa graça, estou a ser honesto e sincero na apreciação da obra do presidente Macedo Vieira. A maioria dos poveiros manifesta-se agradada com o seu desempenho e eu não discordo em absoluto. Mas, reconhecendo, embora, o valor do seu trabalho, considero, alguns planos discutíveis que o deveriam ser, concretamente e com a devida consideração do seu parecer, pelos intervenientes para tal credenciados.

Devo dizer que estou contente por ver a terra onde tive o meu berço, sempre remoçada e cada vez mais sedutora , sempre em festa, toda se requebrando, em cada época turística. E constata-se, em cada ano, o aumento de seus encantados visitantes.

Agora, o reverso da medalha:

Volto a Aver-o-Mar, e aqui, a outra terra onde, desde muito pequeno, tenho a minha morada, constituí família e gosto de viver, o sentimento é de revolta e, como alguém disse, um dia, assiste-me o direito de manifestar a minha indignação. Indignação pela injustiça do abandono a que foi deliberadamente deixada, esta que poderia ser também ,urbanisticamente, uma linda vila, pois que, de natureza, já o é.

Para aqui, a fraqueza ou o artifício da bajulação não surte efeito. Pelo contrário, exacerba, sim, a propensão para o egocentrismo do senhor que se entende dominador do que julga ser o seu universo. Estarão ao seu serviço as pessoas que giram à sua volta como de serviçais se tratasse.
Daí, se conclui: bajulação versus servilismo.

Finalmente, em face do que deixo exposto, se há uma oposição disposta a lutar pela solução dos problemas do concelho que não pela mera oportunidade ou correcção, sempre discutível, das obras da cidade, onde dificilmente encontrará suficiente aderência para o seu evidente objectivo, é para estes lados que o terreno não poderá deixar de lhe ser favorável. A questão está em saber conduzir a batalha.
Este é o calcanhar de Aquiles do herói Macedo Vieira !
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(1)
Errare humanum est, - (errar é humano)
Sed, insipientis est in errore perseverare – (mas, é de estúpido persistir no erro)

Não existe o verbo benvir em português, logo, não há o participio passado benvindo
Em francês há o verbo bienvenir usado somente na locução se faire bienvenir,
E como saudação : soyez le bienvenu(e) ou, simplesmente, bienvenu(e) daí, talvez o decalque para a nossa língua, benvindo, que é erro crasso.

Sei que é muito repetida, por aí, essa asneira, mas, por favor , emende-se aquela manifestação de analfabetismo de uma vez por todas.
- Escreva-se, BEM-VINDO !
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segunda-feira, agosto 13, 2007

AVER -O- MAR - RECORDAÇÕES IV

( clicar na imagem para ampliar)
Eis o típico “seareiro” de Aver-o-Mar, o trabalhador da terra e do mar !
No meu post ( Maio de 2006), tenho definido, com pormenor e algum colorido, o que entendo ter sido esta árdua labuta pela dignidade de uma independência económica, o que, nos tempos de hoje, se diria fantástica, por a julgarem incrível, na sua dureza inimaginável.

Este, se a foto não me engana, era o “tio Manel Caxineiro”, talvez, há 40 anos. Tem a carroça carregada de sargaço apanhado em qualquer praia, muitas vezes bem distante . Naturalmente irá “acamá-lo” , no areal, ao sol e, logo que seco, o “empadelará” e fará um “monte” como os que se vêem na imagem.

Na altura devida, recarregá-lo-á, na mesma carroça, para adubar a terra, cuidadosamente amanhada para a plantação da batata.

Nota : Agradeço ao meu amigo Manuel Lopes – sepolleunam@hotmail.com , -“indígena desta terra” o envio do e-mail, do qual recortei a imagem.

sábado, agosto 11, 2007

A V E R -O- M A R - RECORDAÇÕES III

(clicar na imagem)
Ó MINHA ALDEIA QUERIDA !

Ó minha aldeia singela,
Quando o sol te vem beijar,
És de todas a mais bela
Que ficam à beira-mar.

Vão p'ra a faina labutar,
Pescadores nos seus barquinhos
E contentes vão ganhar
O pão para os seus filhilhos.

Estribilho:
Ó minha aldeia querida ,
Como tu não há igual,
És a terra mais florida
Deste lindo Portugal ! (bis)

Lindas moças trabalhando
Na terra como no mar
A seus amores vão falando
P'ra vida continuar .

E ao toque das trindades ,
Quando o dia terminar,
Minha aldeia em oração, ´
É um perfeito altar !

Enviado por Manuel Lopes - sepolleunam@hotmail.com


sexta-feira, agosto 10, 2007

A V E R -O- M A R - RECORDAÇÕES II

(clicar na imagem )
CONJUNTO TÍPICO ALA-ARRIBA ( há 40 anos )
-ano da criação - 1966
-ano da extinção - 1981
(com alguns hiatos ao longo da sua existência, tendo sido o maior entre 1979 e 1981)
-24 temas gravados em 6 discos comerciais (singles) entre 1970 e 1977.
«Fundado por Eduardo Travessas , Acácio Novo, José Bento, entre outros, este conjunto típico averomarense teve no seu elenco mais de meia centena de tocadores e cantadores que, durante a existência do grupo, fizeram as delícias, não só dos seus conterrâneos como também de milhares de ouvintes e espectadores, presentes nas dezenas de actuações, de norte a sul do país.
Adélio Lopes Ferreira era o director e, também, o compositor.
Inscrito na Sociedade Portuguesa de Autores , compôs dezenas de letras que, depois, eram musicadas em conjunto - 24 das quais gravadas e discos comerciais : Alvorada (5) e Raposódia (1). Das quais destacamos " Ó Póvoa Querida" "Cego do Maio" "Romarias da Assunção " e " Festas de Santo André" »
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Enviado por Manuel Lopes - sepolleunam@hotmail.com

segunda-feira, agosto 06, 2007

A V E R - O - M A R - RECORDAÇÕES

( clique na imagem para aumentar)
Publico, sem qualquer observação de minha parte, o e-mail que recebi:

«Sou o Manuel Lopes, indígena desta Terra há 51 anos, seu vizinho, ex-promotor da cultura (cá no burgo) um dos fundadores do Grupo Cultural e Recreativo de Aver-o-Mar, em Abril de 84 - Se bem que tudo tenha começado logo a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Pesquisava, na net, algo sobre AVER-O-MAR e, de repente, dei com o seu blogue, “MAR DE MAIO”!
Fiquei um pouco surpreendido, pois não sabia que ele existia mas, não é
para admirar pois, só há pouco tempo instalei a Internete.
Li e gostei! Parabéns pelos alertas, oportunos e pelas verdades vertidas no mesmo. Pena que não seja acessível (penso eu) a quem precisava de os ler.
Escreva também sobre a falta - gritante - de actividades culturais de que esta terra enferma, para que, quem de direito, possa acordar desse "sono profundo" que há muito impede as pessoas de verem.
Caro amigo, peço desculpa pelo tempo que lhe tomei .
Mando uma foto do passado. Um abraço para si e....continue assim!!! »

. . ."AVER-O-MAR COMO ÉS BELA ! ..."

(clicar para aumentar a imagem) - foto tirada de minha varanda
Panorâmica das praias do norte de Aver-o-Mar, a partir do "Moinho Luisa Dacosta", vendo-se ao fundo a pousada de Santo André.

segunda-feira, julho 30, 2007

A BAIXEZA DO BAIXINHO

.(clicar na imagem para aumentar)

Neste blog “MAR DE MAIO” (vide archive de Abril ) escrevi textos a que dei os títulos de “INDIGNIDADES POLÍTICAS” I ; II; III; IV . Eram assim uma espécie de atenuante , ou eufemismo para suavizar o que poderia entender-se como atitude ou comportamento de desonra pessoal. Mas esta nódoa do Mendinho no Chão da Lagoa é, por demais, caracterizante da personalidade para que se possa classificar, globalmente, de indignidade política.

É uma questão de “falha” de carácter , esta curvatura servil perante o “nosso grande líder" Alberto João Jardim.. É um mendigo de votos. Tem, por isso, de mostrar agrados ao seu senhor para que a esmola seja farta.
No Chão da Lagoa fez de tudo :

1. “Contagiado pelo ambiente efusivo, cantou o hino separatista, Madeira és livre, e prometeu aprofundar a “autonomia evolutiva” na revisão constitucional.”

2.“Nesta “maior e melhor festa” do partido, de que fora afastado em 2005 por criticar os desaforos de Jardim contra a presença de chineses na Madeira e contra “os bastardos filhos da puta” na comunicação social, Marques Mendes seguiu as pegadas do líder regional na via-sacra pelas seis dezenas de tasquinhas”

3.“Onde está esse sacana ?” “ É tão pequenino que ninguém o vê.” Vem ali atrás …”, respondem a jardim , com Mendes perdido entre os militantes. “ Olha o Ganda nóia”, diz a pequenada quando identifica o político que passa quase despercebido entre os militantes apinhados para cumprimentar o “nosso líder” Jardim» ( Público assinantes)”

4“ Jaime Ramos foi mesmo acutilante ao dizer que a Madeira não pode cooperar com “um aldrabão” (Sócrates) e ao criticar o Presidente da República pelo “papel passivo” perante a "política de perseguição ao povo português.”

1. 2. 3. 4. – São traslados da imprensa. Comentários para quê? É pura arte de verborreia magistralmente exibida pela petulância do “Rei Momo” em festa de Carnaval permanente e entusiasticamente aplaudido pelo Mendinho da Patetice Socialmente Decadente.

Em face do que aqui fica referido, permito-me rematar com uma pergunta inocente:
Não será demais esta baixeza para quem pretende ser primeiro-ministro do Governo da Republica Portuguesa?

sábado, julho 28, 2007

ERRO POLÍTICO


O processo disciplinar instaurado ao professor Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção por considerar que os comentários sobre a licenciatura do primeiro-ministro enquadra-se no direito de opinião.”
Num despacho assinado em 23.07.07 Maria de Lurdes Rodrigues defende que a “aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável numa sociedade democrática, uma vez que as declarações de Charrua não visavam um superior hierárquico directo” mas sim o primeiro-ministro José Sócrates “

“Assim, determino o imediato arquivamento do processo”, escreve Maria de Lurdes Rodrigues


“Destacado desde há 19 anos na DREN, Charrua foi alvo de um processo disciplinar, depois de em Abril passado ter sido acusado de nas instalações da DREN ter dito: “ Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta” segundo consta do despacho de acusação instruído por José Paulo Pereira

As anotações acima são registadas, sem preocupação de ordem cronológica ou outra, ao sabor de minhas leituras no jornal “Publico”
Também não procuro estruturar o texto segundo um plano bem definido, como me obrigaria a minha condição de professor de português; estou, há muito, na situação de reformado e a isso, por preguiça mental, me conformo.
***

Assim, livremente, clamarei contra o que considero um “um erro político”, o arquivamento do processo disciplinar contra o Charrua.

Como se constata, o Arado mente quando diz que apenas glosou o tema já por demais estafado do curso do engenheiro Sócrates, com umas graçolas inócuas, quando afinal não poderia ser mais torpe e obsceno no insulto que contra o primeiro-ministro e,afinal, contra todo o governo, proferiu e no local de trabalho. Reiteradas vezes o fez, segundo informa o presidente da distrital do PS-Porto, deputado Renato Sampaio. (vide ,aqui, post de 4 de Junho p.pdo.)

Isto configura apenas uma “opinião ou uma crítica política” ? - pergunto eu.

“As declarações(?) de Charrua não visavam um superior hierárquico directo mas sim o primeiro-ministro José Sócrates”- declara a ministra
O insulto ia mais distante, pois visava ,tão-somente , a mãe dele ,acrescento eu, se convêm.

Que raio de argumentação tão sem cabimento! As pessoas de boa moral, serão todas parvas, ou quê ? – pergunto eu.


*

As consequências desta aparente pusilanimidade estão à vista:
Os adversários, como chacais acirrados, toparam o medo , armam o cerco e vá de aumentar os latidos. O Mendinho, ridículamente a crescer de arrogância , exige de pronto, a demissão da directora da DRENE e reclama de imediato a presença da ministra da Educação na AR.
Assim os ofensores, triunfantes, passaram a ofendidos e têm como óptimo o pretexto para pretenderem maior humilhação de quem aparentemente se deixa humilhar .

Que irá acontecer agora ? Será a directora da DRENE prejudicada por um acto de lealdade para quem entende que lhe merece inteira fidelidade, pela responsabilidade do lugar que ocupa ?

O primeiro-ministro, evidenciando a sua integridade moral, afirma-se imune aos insultos a que já se habituou e diz que não desistirá, por causa disso, de continuar em frente, rumo aos objectivos que, entretanto, vai alcançando. "O insulto revela má-criação de quem o profere, nada mais que isso". – diz .

Este desarticulado texto não acabará sem uma mais séria observação sobre o procedimento, a este propósito, de alguns que se dizem socialistas, com referência ao partido no poder. Quanto a mim, não reflectem sobre a verdade ou fundamento das questões ardilosamente montadas pela oposição e, imponderadamente, se metem a engrossar a coluna de ataque ao baluarte da resistência tornado inexpugnável pela coragem da sua guarnição,comandada por um grande estratega.
Falo em termos de guerra, porque é essa a concepção em que tenho os adversários tornados inimigos acérrimos e usando todos os estrategemas, moralmente os mais rasteiros, com um único objectivo, o da tomada do poder.

E, para terminar, certo da vitória da razão, com bom humor, exclamo:
Viva Portugal !!!

sábado, julho 21, 2007

SÓCRATES INCENTIVA A REPRODUÇÃO

(clicar na imagem para a aumentar)
Sócrates anuncia abono para grávidas a partir de três meses
O primeiro-ministro disse-se preocupado com a taxa de natalidade e vai aumentar os abonos para quem tem mais filhos

Para “aqueles todos” que condenavam a lei que descriminalizava o acto da IVG até às dez semanas da gestação , argumentando que isso era deliberada intenção de liberalizar, senão incentivar, a facilitação de tal acto, abstraindo-o da consciencialização e consequente dor moral a que a mulher se obriga por não achar alternativa; para “aqueles todos”, repito, esta comunicação não altera em nada a sua “crença” na depravação da lei. Mas Sócrates, sempre com o sentido da humanização do problema, com esta nova medida, vem em socorro das malogradas mães até onde lhe será possível.

Registe-se que para além de, agora, multiplicados benefícios do abono de família as mulheres grávidas a partir dos três meses vão poder passar a receber uma prestação de família.

Não me venham “aqueles todos” ainda dizer que isto acresce o incentivo à liberalização do aborto.

Permito-me transcrever do Jornal “Público” a completa informação :

A nova prestação do abono de família será paga às futuras mães a partir do terceiro mês de gravidez

Garantindo o acompanhamento médico, as mulheres grávidas, que preencham os requisitos para receber o abono, passarão a ter direito a seis meses de apoio financeiro adicional. Com esta prestação apoiaremos mais de 90 mil famílias e o valor do abono dependerá dos rendimentos. Mas para cerca de 32 mil famílias isto significará um novo apoio de 130 euros “

A segunda medida de apoio à natalidade, de acordo com Sócrates, destina-se a apoiar as famílias mais numerosas nos segundo e terceiro anos de vida das crianças - “ período em que o acréscimo das despesas é mais relevante e onde o actual abono de família é substancialmente mais baixo”.

O Governo vai por isso “duplicar o abono de família, neste período de vida das crianças, para segundos filhos e vamos triplicá-los para terceiros filhos e seguintes. Trata-se de envolver mais de 90 mil crianças e respectivas famílias num apoio social muito mais efectivo, durante um período em que isso é particularmente necessário”

Apoio máximo para rendimentos até 198,93 euros

De acordo com os escalões actuais, a maior prestação de apoio é dada às famílias com rendimentos inferiores a 198,32 euros.

As famílias neste escalão recebem 130 euros mensais por cada criança até um ano de vida e 32,65 euros por mês até a criança atingir a maior idade.

Por outro lado, no 4.º escalão ( rendimentos entre 596,71 euros e 994,65 euros) as famílias têm direito a 53 euros/ mês até ao primeiro ano de vida da criança e 21,51 euros/ mês nos anos seguintes.

No último escalão de rendimentos que recebe apoios, o 5.º escalão ( entre 994,65 euros e 1989,30 euros), as famílias são contempladas com 32,28 euros/mês por cada criança até ao primeiro ano de idade e 10,76 euros/mês nos anos seguintes

No apoio suplementar aos seguintes e terceiros filhos ( bem como os seguintes ) a nova prestação aplica-se nos segundo e terceiro anos de vida das crianças e retroactivamente .

Assim, quando uma família que recebe 10,76 euros de abono tem um segundo filho, a prestação duplica em ambos (ou seja a família passa a receber 21,52 por cada filho até ao o mais recente completar três anos ), tal como acontece se tiver um terceiro( nesse caso a prestação triplica nos três filhos - 32,28 euros por cada um)

A família da imagem é composta por treze pessoas : avó pai e mãe que não estão no retrato, a avó e 10 filhos.

Paira agora a ameaça da reprodução da imagem.

Aqui a avó com dez netos (produto de uma só filha)

Pobres dos contribuintes !!! E falam em baixar impostos...

segunda-feira, julho 16, 2007

VITÓRIA DA CREDIBILIDADE

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Credibilidade que assenta na força de união que anima este governo ao trabalho persistente , vencendo barreiras de ardilosas campanhas, urdidas pela cobardia de muitos, contra a coragem de tão poucos.
Poucos mas firmes, constituindo um corpo indestrutível pela coordenação perfeita de seus membros. Pretendem os adversários, de má fé, contra o Primeiro Ministro ,confundir firmeza com arrogância. Mas, o resultado da sua afoiteza, constata-se na perseverança da sua determinação. Jamais o demovem da rota traçada para levar a porto seguro esta Nau que “aqueles muitos” iam fazendo naufragar .
Vide a tomada de Lisboa , confiada a um dos seus melhores colaboradores, para a sua inteira recuperação. Arriscou Sócrates este passo, com a inteira solidariedade do ministro António Costa, pronto, este, ao sacrifício de uma tarefa árdua de luta contra o descalabro em que “aqueles muitos” abandonaram a capital .
“Aqueles muitos” são todos os que parecem mancomunados para um único objectivo e esse é, o de derrubarem o homem atado ao leme da Nau que há-de, com legítimo orgulho, passar o "Cabo das Tormentas" a que os portugueses passam a renomear : "Cabo da Boa Esperança". – Salvo, da referência histórica, as devidas proporções !
Aqui, por aproximação, derivamos “torment(a)s” para tormentos, que é a metáfora dos golpes baixos urdidos para desacreditarem o Cidadão que de tudo tem aguentado por um dever, que entende, de pôr a sua inteligência ao serviço do país que é de todos os portugueses , mesmo “daqueles muitos” que o apodam de desonesto e “falho de carácter”; mesquinhos, que são, na espionagem de actos de sua vida que pretendem serem menos regulares , mas, como tal, não se confirmam e as provas os desmentem
Assim se pode concluir que de pouca ou nenhuma honra são as atitudes de rasteiro nível desses políticos que levam o povo, menos avisado, à generalização do péssimo conceito em que tem a classe.

Felizmente que a filosofia socrática promete a sua reabilitação !

segunda-feira, julho 02, 2007

LIBERDADE DE EXPRESSÃO / INSULTO

POETA À DERIVA...

No jornal Público do dia 29 de Junho li : Manuel Alegre denuncia “ deriva para o autoritarismo” por parte do Governo.
“ O aviso de Alegre surgiu depois de ser conhecida a notícia de que o ministro da saúde exonerou, em Janeiro passado, a directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso”

Atitude idêntica tem ele tomado para todos os casos em que , poeticamente( ?), considera ter havido um atentado contra o tão proclamado “direito de liberdade de expressão” . Para confirmar a minha pluralização do assunto, citarei apenas e também como ainda recente, o caso do professor Charrua, processado pela Directora da DRENE, à conta de umas pretensas insinuações maldosas sobre a honestidade do cidadão José Sócrates a propósito da sua licenciatura do curso de engenharia.

Manuel Alegre, enfatiza tendenciosamente estes casos, atribuindo-lhe uma carga negativa do procedimento ditatorial dos governantes.

Pondo de parte alguma fundamentada suspeita de despeito por parte do poeta, admitamos que será tão-somente pelo facto de o ser ( poeta) que o seu sonho da liberdade ultrapassa o sentido real deste conceito. Não se demora a reflectir sobre a verdade dos factos, limitando-se a aceitar as declarações inocentes das falsas vítimas. Não lhe passará pela cabeça que não é a verdade ou toda a verdade, o que elas declaram e é aceite por certa imprensa que tendenciosamente corrobora no engano?
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OUTROS LIBERTÁRIOS

Por que se cala ou não se faz referência às declarações, com que os responsáveis fundamentam o afastamento dos funcionários inocentes ? A resposta imaginada será que, “aqueles são os ditadores usando a deturpação da verdade dos factos para impor a estes a prepotência da sua autoridade ”
Pergunta-se ainda: dever-se-á, tão-somente, à pureza dos seus ideais democráticos as espontâneas(?) manifestações condenatórias, dos arautos da Liberdade, contra aqueles implicitamente tidos como opressores ?

Esquecem, estes “puros de espírito” que, liberdade tem a contrapartida da responsabilidade; a direitos correspondem deveres, incluso o dever de respeitar o direito dos outros ao seu bom nome.

Como se pode tolerar que um individuo , conspurque os seus locais de trabalho e use da permissividade de uma linguagem insultuosa contra quem deveria ter, pelo menos, uma atitude de alguma contenção linguareira ?

segunda-feira, junho 25, 2007

F R A N C I S C O . S A L G A D O

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Este é o meu amigo Francisco Salgado, recortado de sua moldura social :
Dr. Francisco Salgado, licenciado em Filologia Românica, inspector pedagógico, retirado de suas funções, faz alguns anos, para restauro.
Recebi, de sua parte, por e-mail, belíssimas composições poéticas que, com a sua autorização, publico no meu blog "FLORES DE MAIO". (clique no link respectivo).
É uma óptima oportunidade para reactivar aquele blog, destinado à cultura literária, de que não me ocupo desde Setembro do ano passado.
Eu sabio-o de alma poética, mas confesso que ignorava o seu talento.
Eis os títulos das suas pequenas composições poéticas :
QUADRAS SANJOANINAS
VÁRIOS I - Sacrário ; Mater admirábilis.
VÁRIOS II - Maresia ; Baixa-mar; Pôr do Sol.
VÁRIOS III - Passos na Areia; Natal; Somos cinco irmãos.
VÁRIOS IV - Mar da Póvoa
DESMORONAMENTO - para mim ,é um deslumbramento metafórico, este rico poema

segunda-feira, junho 04, 2007

"O PROCESSO DISCIPLINAR DO PROFESSOR CHARRUA"

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ANOTAÇÕES

“Aquele caso é grave, pela clima de delação e delito de opinião” disparou Marques Mendes, que lançou o desafio a Sócrates : Ou é consequente e demita a directora regional, ou é conivente e pactua com a situação.”

“Não intervenho em processos disciplinares, mas está cá o Governo para garantir que ninguém será punido por delito de opinião” , garantiu José Sócrates “


“Fernando Charrua foi saneado do serviço em que estava há muitos anos e voltou à escola de origem” acrescentou Emídio Guerreiro, também social – democrata. “ Há um processo político que tem responsabilidades políticas e o PS está a ser cúmplice neste processo, acusou .

Em defesa do PS, João Bernardo acabou por fazer uma revelação : “Não á nenhuma suspensão preventiva do professor; se houve, foi cancelada. Se houve recurso, já não há.”
O que houve, prosseguiu, foi uma reavaliação da confiança política que fundamenta a requisição de serviço feita anualmente. “ O professor está na sua função de origem, não há qualquer sanção.
Também ontem, no lançamento de um livro sobre a sua campanha presidencial, o deputado socialista Manuel Alegre criticou a suspensão de Fernando Charrua.

O presidente da distrital do PS-Porto, o deputado Renato Sampaio, disse ontem à Lusa que o professor Fernando Charrua insultou o primeiro-ministro , José Sócrates , “ em vários momentos e em diferentes locais públicos da DREN”. Fernando Charrua foi suspenso pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). “ O que se passou não é aquilo que se pretende fazer crer como um simples comentário privado. Foram insultos em vários momentos e em diferentes locais públicos da DREN, pelo que sabemos” ,disse Renato Sampaio. O líder do PS - Porto acusou ainda Charrua de “querer condicionar o resultado do inquérito através do recurso à comunicação social” . “ Conhecemos as relações política e pessoais do professor Charrua, mas nós no PS não recebemos lições de ninguém “ , referiu o presidente da distrital socialista, numa alusão ao facto de o professor suspenso pela DREN ser ex-deputado do PSD e marido da vereadora da social-democrata na Câmara do Porto Matilde Alves
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Desde início que venho a acompanhar , quer pela televisão quer pelos jornais, tudo que se afirma, nega ou comenta acerca do processo disciplinar a que está a ser sujeito o professor Charrua. Traslado acima excertos da comunicação recente a esse respeito.

Afirmo-me como um socialista convicto. Não deixo, porém, de assumir uma posição crítica face aos actos dos responsáveis pela governação deste país que é de todos os portugueses. Por isso mesmo e por outro lado, não me deixo embarcar nas intencionais malévolas acusações dos adversários que, não encontrando fundamento válido para arguir quem os vence, pela inteligência e corajosa honestidade, na procura das melhores soluções para a crise de que felizmente o país está a emergir, rebaixam-se na intriga anedótica, mesquinha pela natureza de seus utilizadores.
Mais que esfarrapada pelo uso, já era reles a maledicência acerca da licenciatura de José Sócrates para merecer a mínima atenção de quem pauta a sua vida profissional pelo melhor desempenho do cargo que ocupa. Estou de acordo que, de Charrua a chalaça, já não mereceria a sua desgraça !
Porém, a queixa em que a Directora da DREN se baseou para o processo disciplinar, assenta nos repetidos insultos ao Primeiro Ministro, di-lo o deputado Renato Sampaio. E, por minha parte, confirmo-o: pelo que li nos jornais e ouvi na TV, o “Instrumento da Lavra” intitulou Sócrates de "filho da puta". Aguarde-se o resultado do processo.
Inteligentemente , como é de seu timbre, Sócrates, instado pelos jornalistas, declarou: “ninguém será punido pelo delito de opinião
.Os jornalistas esperavam que ele não os desapontasse, assumindo a "injustiça" do processo, face ao que o chalaceador agora declara ter dito. Sócrates sabe que não é esse o caso e , não se duvide que está senhor do verdadeiro motivo da acusação.
Esperemos pelo oportuno desvendar do segredo do processo para o confirmar.

terça-feira, maio 22, 2007

ABANDONO DE AVER-O-MAR, EM IMAGENS II


O “Rouxinol de Bernardim” fez um comentário no meu anterior post (clique aí,coments) em que, amavelmente, me censura por me referir a Aver-o-Mar como um “musseque da Póvoa de Varzim”. Mas sente-se que, intimamente, reconhece a minha revolta já que diz, em sentenciosos versos como é de seu timbre e com talento :
“ Averomar … vê o mar/ Na linha do horizonte,/A Vila ´inda há-de chegar/ Quando o povo derrubar/ Esta vil “Póvoa do Monte”
Aqui está implícita a ideia de que, na cidade, há obras desnecessárias em manifesto detrimento daquelas outras , há tempos para aqui projectadas que, se executadas, levariam ao cume o interesse turístico desta terra onde o “canto da sereia” atrai ao encanto das deslumbrantes praias para norte, até à majestosa penedia de Santo André. Ali há uma linda pousada.
Foi abandonado o projecto porque, erradamente pensou o mandarim, não lhe daria a relevância pessoal e a majestade a que se curvam os seus aduladores.
Já se viu que a tal obra, referida em tempo de eleições, era “intervenção fantástica”, mas por que não, ao menos, se demolem as ruínas que tanto desfeiam o ambiente e provocam a indignação das pessoas civilizadas que, para estes lados, habitam.
É exemplo flagrante do desprezo a que estes locais são votados, as ruínas que a imagem mostra : ficam na “praia da Amorosa”; trata-se dum pequeno edifício que foi o posto da guarda fiscal há muito tempo; é pertença da Câmara Municipal; a despesa seria apenas a que importaria a sua demolição.
Não se pode crer noutro motivo para esta má vontade que não seja alguma reservada represália . Quem a terá merecido ?...

sexta-feira, maio 04, 2007

. ABANDONO DE AVER-O-MAR, EM IMAGENS

Se uma imagem vale mais que mil palavras, atente-se no que estas ruínas significam para quem, civilizado, com elas se depara, na rota marginal para o norte da bela e esmeradamente cuidada, cidade da Póvoa de Varzim, onde se situa, abandonada ao desmazelo, aquela outra povoação que intitulam de vila Aver-o-Mar. Aquelas degradações estabelecem um clamoroso contraste entre as paisagens contíguas e provocam, nos visitantes a esta freguesia, uma reacção negativa que os levará, necessariamente, à depreciação deste espaço e às gentes que nele habitam.
(clique sobre a imagem)
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Aver-o-Mar poderá, assim, ser considerada um musseque da Póvoa e os seus habitantes não se sentirão minimamente confortáveis quando se obrigam a admitir que essa ideia terá toda legitimidade, face ao degradante cenário que os envolve.
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Porque a decadência visível não se limita ao mau aspecto destas ruínas. Veja-se o abandono das poucas árvores que, à margem da Avenida dos Pescadores, ainda se enraízam num chão duramente calcado; algumas, destas estão, desde há muito
tempo, partidas ou derrubadas, .
Que eu constate, não há jardineiros em Aver-o-Mar. Em contraste, verifica-se , deles, um grande exército na cidade da Póvoa de Varzim.
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Há um campo de futebol de terra batida mesmo à borda da estrada. Nuvens de pó se levantam e evadem as habitações vizinhas, sempre que aquele desporto ali se pratica .
Muito tempo, também, se passa sem que para estes lados se veja um varredor das ruas.

Esta freguesia, a mais populosa do concelho, tem uma forte razão para reclamar os seus legítimos direitos. Atente-se nos valores daqui arrecadados pela Câmara Municipal. Cite-se tão-somente o “IMI” ( imposto municipal sobre imóveis). Serão centenas de milhar de contos. Para mim, modesto proprietário, pelo que pago, é só fazer as contas !.
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Muito mais terei eu que dizer em abono do protesto que aqui e agora, para começo, deixo registado.
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E a oposição, quando deixará de se limitar ao espaço da sede do concelho para dar testemunho da sua garantia de uma boa alternativa a esta demagógica Autarquia que se sustenta por promessas, para estes lados, de “obras fantásticas” ?

sexta-feira, abril 20, 2007

´. . . INDIGNIDADES POLÍTICAS IV

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Não me é já possível aceitar como uma mera “indignidade política” a estupidez da perseguição ao nosso Primeiro Ministro.
Uso o título apenas para dar uma sequência à denúncia dos disparates que se cometem a troco de uma pretendida relevância pública daqueles que sabem não a poderem alcançar pela diminuta inteligência de que são dotados. A estupidez dos detractores é assim aliada da sua baixa dignidade. Mesquinhez de carácter, é outro atributo de que será muito justo apodar aqueles que, à falha de mentalidade para se ocuparem dos problemas sérios do país, perseguem quem inteligentemente prossegue seu trabalho denodado afrontando as más crenças e os desafios de que sempre tem saído vitorioso.
Por isso, os ataques de má fé, farejando no rasto da virtual ou imaginária presa, na tentativa de a abocanharem. Não surtem, porém, efeito os latidos raivosos que são entendidos como manifestação da incapacidade de satisfazerem os seus matreiros intentos.

Desvirtuar a imagem pulítica de Sócrates, com referências aleivosas sobre a sua conduta pessoal, o seu percurso de estudante, mormente sobre a sua frequência na UNI, insinuando favorecimentos ou fraudes na obtenção da licenciatura de engenharia civil, não têm objectivo outro que não seja destruir-lhe o bom nome, a notoriedade da sua acção, como um político inteligente e resoluto de que o país tanto tem precisado para emergir do charco em que aqueles que ora atacam o tiveram afundado.
É notório o desespero daqueles que sofrem, despeitados, por verem , a cada passo, aumentar o apreço em que os portugueses têm, hoje, o governo da sua nau confiada ao leme do grande Sócrates.

Em dada oportunidade, Mário Soares dirigindo-se a Sócrates: “ Continue com a determinação, a inteligência e a coragem que demonstrou nos dois últimos anos. Outros antes de si foram vítimas de ataques sórdidos e infundados. Lembremos o camarada Ferro Rodrigues…” ´
Será possível melhor esclarecimento e apoio ?

mardemaio. blogspot.com

sexta-feira, abril 13, 2007

. . . INDIGNIDADES POLÍTICAS III



o mendinho"

Ele é ainda tão pequenino !... Sabemos que ele é levado; tem feito muitas traquinices, louvado seja Nosso Senhor! Mas, as maiores maldades, são os adultos que lhas ensinam Mandaram-no ser malcriado e referir-se insultuosamente ao senhor Primeiro Ministro em público, porque, como é menor de idade, não é imputável. Noutros tempos, levaria umas surras de pessoas de juízo. Porém, no ambiente em que ele está a crescer acharam-lhe muita gracinha e levou palminhas em vez de palmadas. Assim jamais terá oportunidade de formar a sua personalidade independente.

Pretende ser um político à maneira e está a receber uma educação para deslizar nesse declive . Realmente é muito mais fácil a progressão na descida. A política em que ele medra ( a metátese não seria inadequada ) está a levá-lo à baixeza, agora se constata, em que a língua viperina é arma mais utilizada para ferir o grande adversário Sócrates, que o é, apenas pelo denodo que põe na sua luta intensa; pelo trabalho exaustivo a que se entrega para levar a bom porto o nosso atribulado barco. Terá de navegar de bolina porque os ventos sopram de proa.

Tenhamos fé no timoneiro que não se “deixará fragilizar” pelas tempestades sopradas pelo Adamastor de nossos tempos. Este é um monstro mais perigoso porque, traiçoeiro, o vento que bufa é de gás que envenena os espíritos incautos; é a insídia da ocasião oportuna para tentar desmoralizar a tripulação e, desacreditando o timoneiro, provocar a revolta dos passageiros.
Acreditemos que a manobra do mostrengo não surtirá efeito porque, as pessoas avisadas, unir-se-ão em solidariedade socrática e vencê-lo-ão de morte .
dimasmaio@netcabo.pt
. mardemaio.blogspot.com

terça-feira, abril 03, 2007

. . . INDIGNIDADES POLÍTICAS II

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O título que utilizei no meu texto anterior foi o estímulo à minha memória para contar aqui, em termos de conversa amena, um caso que, julgo, se insere neste mesmo tema porquanto revela o desplante de que são capazes políticos cuja ciência maquiavélica subjuga tudo quanto lhes possa emperrar a ascensão para o pináculo que determinaram alcançar.
Convém referir que, são remotos, o tempo e o espaço da narração.
Contudo, os heróis existem ainda e continuam numa situação confortável de domínio do poder .
Eram eles, então, um presidente e dois vice-presidentes. Diziam-se solidários e agiam de conformidade contra os seus virtuais opositores.
Acontece que os três tinham em grande conta um quarto senhor que laborava em seus domínios e a sua própria ambição combinava perfeitamente com os desígnios daqueles outros que, por isso, solidariamente, resolveram elevá-lo à categoria de director de uma empresa situada no espaço da sua administração.
Para tal combinaram, os três, um golpe que Nicolau Maquiavel teoricamente louvaria no seu “Príncipe” porque, entenda-se , era o interesse geral do reino prevalecendo sobre os seus interesses individuais.
A manobra, porém, não resultou porque alguém a denunciou por absolutamente imoral e à margem da lei.
Mas, condenado foi apenas aquele que tomou a seu cargo a concretização do plano elaborado, supõe-se, também pelos outros dois responsáveis. Estes desviaram-se da culpa porque , coincidente foi a sua ausência para longínquas estâncias na altura de pretensa regularização do acto da nomeação do indigitado director para a referida empresa.
Completamente desprotegido aquele que deu a cara, sofreu o ultraje de ter de abandonar o cargo de delegado político que honrosamente ocupava, tomado, sem perda de tempo, pelo outro seu colega da vice-presidência da administração local .
E assim, se revelou, a inquebrável solidariedade daqueles políticos, merecedores, por isso, de serem nomeados nestas : “INDIGNIDADES POLÍTICAS

sexta-feira, março 23, 2007

. . . INDIGNIDADES POLÍTICAS


INDIGNIDADES POLÍTICAS .

Sim, indignidades políticas, penso que é o título que se ajusta perfeitamente para encimar este texto em que me ocuparei a comentar o comportamento de determinados actores, iluminados pelas luzes da ribalta, da cena onde se promovem modernos espectáculos de “provocação ao público”
São actores, personagens da cena política, não entidades distintas da sociedade em que naturalmente se farão respeitar pelas suas qualidades intrínsecas. Quero, com isto, dizer que, frequentemente, a representação a que integralmente (?) se dedicam lhes pode causar deformação do comportamento natural, quando não dotados de uma personalidade forte, de carácter incorruptível , impoluto, a todos os títulos, íntegro.
Esta diferença de ser e agir naquela situação de político foi, há tempos, comprovadamente aceite na A.R. quando determinado interveniente, em altercação com outro , se referiu à “sua cobardia”; ao coro de espanto, o primeiro emendou imediatamente para : “cobardia política”. Ficou assim dada e aceite a devida satisfação, ao que se tinha considerado como ofendido.
Cobardias politicas, pois, se constatam a todo o instante.
A vergonhosos actos de absoluta falta de pundonor, de descrédito moral, se deixa arrastar um partido cujos elementos se agridem e insultam em público por motivo da disputa, reciprocamente nada leal, de dois de seus destacados membros, pelo lugar de presidente.

Tem-se evidenciado também pela sua falta de dignidade política um outro cuja pequenez se revela em todas as facetas em que se pretenda considerá-lo. Mentalmente se tem revelado muito abaixo da bitola minimamente aceitável para o desempenho do cargo que o fizeram ocupar. Esganiça-se, em vão, para que oiçam os argumentos que, estou convencido, outros do seu clube, maldosamente, lhe sugerem que ostente na A.R. para contestar as actividades do governo. E sempre sai ridiculamente derrotado pela prova em contrário apresentada pelo ministro competente .
Ainda agora, quando o Primeiro Ministro pretendia, muito legitimamente, em nome do Governo, informar e se congratular, perante os portugueses, por ter alcançado e até ultrapassado o seu objectivo da redução do défice orçamental da meta a si próprio imposta, eis que o "mendinho da direita", a desconcerto, todo se emproa para apresentar o "problema" do aeroporto da Ota, insinuando a agravante do favorecimento, pelo Governo, dos proprietários dos terrenos confinados.
Deste enxovalho, partido da pequenez dum mendinho, contra a probidade do grande Sócrates, só poderia provocar da parte deste a reacção que se lhe vê estampada na imagem: com o seu indicador a ameaçar o "mendinho". - "Não lhe admito isso !"

terça-feira, fevereiro 27, 2007

ESMERALDA - A (IN)JUSTIÇA DOS TRIBUNAIS

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DURA LEX, SED LEX …

A Lei é implacável na aplicação rigorosa dos seus princípios de objectividade e generalidade; contudo pode depender do julgador a sua interpretação, em cada caso, sem lhe desvirtuar aqueles atributos.

Quero dizer que a justiça não pode ser estúpida e cruel , faltando à razão e à humanidade por deficiente ou cego entendimento das causas com a consequente denúncia e condenação de um crime, sem fundamento seguro e incontestável da sua existência.

É o caso do “sequestro” da pequenina Esmeralda que tenho em mente .

Analisando com a frieza racional não se vê como pode haver sequestro da criança que foi entregue pela sua mãe, aos três meses de idade, ao casal que a acolheu e a criou até aos 5 anos, sua idade actual. Sequestro, para o comum dos mortais, pressupõe alguma violência psicológica e privação de liberdade da sequestrada por acção do sequestrador. Ora o sargento, pai adoptivo da Esmeralda, foi condenado com a pena de 6 anos de prisão, pela acusação do crime de sequestro por se negar a apresentar ao tribunal a que considera sua filha adoptiva , o que se torna algo diferente.

Por outro lado e ainda considerando a análise puramente racional, como pode apresentar-se a reclamar os direitos de pai da criança, um homem que apenas provocou acidentalmente a fecundação sem outro motivo que não fora o de mero prazer sexual, com uma mulher desprotegida por uma vida inteiramente carenciada de conforto físico e moral ? Acresce a circunstância de, ainda durante a gestão, com o sentido da vida amargurada, com a dor da antevisão da miséria a que seria lançado o seu bebé , procurou aquele homem para que se assumisse como corresponsável pela sua criação, ao que ele peremptoriamente se negou, acusando-a de lhe “querer estragar a vida”.
Foi nestas circunstâncias que, imagina-se, com a dor no coração, a desafortunada mulher encontrou o suave recurso da entrega do ser que em seu ventre gerou, ao casal que até hoje o tem e o ama como seu autêntico rebento.

Considerando agora a vertente moral; analisando o aspecto humano da questão, reflita-se, a esta luz, sobre os direitos dos contendores do conflito:
AMOR, com todo o sentido do termo preenchido, é o sentimento mais profundo que sobressai e domina verdadeiramente a contenda.
Vejamos : a mãe, sentindo a dor de não poder criar o ser que gerou em seu ventre, é por amor que se sacrifica à separação e o entrega a um casal que tem todas as condições e dá garantias de lhe proporcionar uma vida feliz .
Essa confiança vem a confirmar-se, pelo sacrifício do sargento, o pai adoptivo, que prefere sujeitar-se à prisão a ter de entregar a sua filha. Isto é a suprema renúncia ao seu conforto pessoal, é a abnegação sublime em favor do ser para quem está disposto a inteiramente viver.
E o tribunal, será que não atenta na (in)justiça de considerar a criança como um mero objecto em disputa? Onde se vê a máxima consagrada do superior interesse da criança ?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

REFERENDO SOBRE A DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO

O aborto é crime ? .

Julgo que há uma grande confusão acerca do referendo, sobre o votar sim ou não para a despenalização da IVG . Estou mesmo convencido que muita gente pensa que se trata de liberalizar, senão mesmo, preconizar o acto , não importa em que situações a grávida o deseje. E há muita hipocrisia a pretender sustentar este equívoco. Falaciosamente generaliza-se o que se pretende particular ou acidental .

A consulta posta ao povo esclarecerá objectivamente as situações em que a Lei não condenará a mulher que não vê alternativa para a dor de ter de se sujeitar a um acto de mutilação do seu próprio ser . Porventura, poder-se-á pensar que a infeliz não tem consciência do mal que a si própria causa? Será justo que ainda mais a humilhem com a exposição pública da sua “imoralidade” ?

Por princípio, a Lei é amoral. O acto imoral, nem sempre é crime. O religioso pode considerá-lo um pecado, mas não tem o direito de exigir ao secular que o puna com a vara da justiça .

Por outro lado, a hipocrisia excede-se na enormidade de declarar o aborto como um “acto terrorista” ou o absurdo da semelhança à imagem do enforcamento de “Saddam Hussein”

É de ciência generalizada que o aborto sempre se praticou e continuará a praticar, mesmo por quem hipocritamente se diz contra; só com a diferença de que, enquanto as ricas o fazem em clínicas luxuosas, até no estrangeiro, as pobres se sujeitam a fazê-lo, clandestinamente, em qualquer tugúrio, muitas vezes, sem as mínimas condições de sanidade, assistidas por curiosas que, frequentemente, lhes causam danos irreparáveis.

Finalmente, esclarece-se que o que está em causa não é se se é a favor ou contra o aborto, mas a favor ou contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG) até às dez semanas, em estabelecimento de saúde para tal autorizado.
E para quem propala “o direito à vida”, os cientistas de todo o mundo civilizado não reconheceram a existência de vida humana até às 10 semanas de gravidez.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

UM DEMOCRATA EM CLIMA ADVERSO

A estátua do Major Mota foi reinstalada, após o seu novo derrube, desta feita, parece que, por canalhice. É esta uma oportunidade para reeditar o meu texto publicado no jornal “Comércio da Póvoa” por ocasião do seu centenário, documentando a homenagem pessoal ao homem valioso por quem a minha memória regista, para todo o sempre, a enorme gratidão pela sua valorosa e sincera amizade

Major Mota
- a minha homenagem -

Aquando do derrube da estátua deste Poveiro de Coração eu e, estou certo, muitos do meu tempo que tiveram a felicidade de usufruir dos benefícios da sua amizade, houvera aquele nefando acto de nos afrontar a alma e nos provocar uma ingente sede de justiça e de desagravo à sua memória.
Seria acção gratuita de puro vandalismo? Sou mais propenso a pensar que se tratou de feito sectário, de fanáticos que julgam mais os homens pelas ideias do que pelos seus actos. E eles dizem-se democratas ,diversificados por opções políticas de direita, do centro ou de esquerda, prontos a propalarem a justiça e o respeito pelos direitos dos cidadãos. E mentem, muitos que conheço, porque faltam aos mais elementares deveres sociais. A liberdade democrática é só para eles, negando os mesmas prerrogativas aos que lhe são próximos.

Democracia (do grego: democratia) significa poder ou governo do povo e democrático é o partidário desse governo. Mas, com alguma subtileza, confesso, atrevo-me a diferenciar o termo democrata para denotar a pessoa que sendo do povo vive e trabalha para o bem do povo. Se tem algum poder ou autoridade, não a impõe com arrogância, antes fá -la aceitar pela Comunidade com a dedicação e serviço que lhe presta com o maior empenho e rectidão e usa a sua influência para lhe solucionar os problemas, enquanto que "democrático" pode ser, tão-somente, um membro ou adepto desse partido.

O Major Mota era um cidadão integrado na política do seu tempo como a maior parte dos que transitaram e facilmente se adaptaram ao actual regime, embora alguns muito falsamente, como a toda a hora se constata.
Acontece, porém, que a indesmentível firmeza e honradez do seu carácter jamais permitiram a sua instrumentalização a favor daquilo que ele judiciosamente considerasse menos lícito ou lhe entravasse a acção em favor da sua e nossa comunidade. E só por essa razão teve de afrontar influências de protegidos situacionistas que haviam, a breve trecho, de implacavelmente lhe punir a ousadia e, com falso pretexto, o despacharam para Lisboa.

A sua estátua implantada à entrada da rua da Junqueira memoriza com rigor a sua inquebrantável pertinácia de, contra ventos e marés, levar avante a justeza do seu projecto de proibir ai a circulação de viaturas. Reservar aquela artéria, livre e segura, para movimento de pessoas, foi obra sua, mas um dos pecados que o conduziram ao "ostracismo".

Cabe aqui afirmar que a "União Nacional" partido único legal e suporte do regime, sentiu-se traído pelo filho rebelde que, reiteradamente, recusou cumprir “juro obedecer cegamente aos meus superiores", fórmula que então se era obrigado a clamar na tropa, aquando do "Juramento de Bandeira". (eu que fui soldado, tive de o fazer, embora sentisse rudemente o atentado à minha inteligência.)

Em consequência, a secção daquele partido na Póvoa de Varzim, todo poderoso, que, dentro do concelho, nomeava para os cargos políticos e outros, só aqueles que merecessem a confiança do regime e os destituía quando essa confiança era contrariada, "tramou",o termo é este, o Presidente da Câmara Municipal, Major Mota e despachou-o para Lisboa, para longe da família, a cumprir a penitência para o remir do pecado da não submissão incondicional às directivas do partido que tinha o monopólio do poder.

Este Homem era um democrata, porque amava a liberdade de pensar e agir e jamais perseguiu ou denunciou alguém hostil ao regime. Ele respeitava, com alguma afeição, o nosso saudoso Director, Manuel Agonia Frasco, inveterado e declarado opositor aos governos de Salazar e Caetano e este secular jornal foi o seu instrumento de luta.

Acusam-no de comandar a Legião Portuguesa. Grande crime esse!
Na Póvoa, a Legião Portuguesa era apenas uma moda, um aparato para os janotas que mandavam fazer as fardas à medida. Para os outros, para os que lutavam pela sua subsistência, ser filiado na Legião Portuguesa era a perspectiva de uma colocação, de um emprego na Função Pública. E então, era esse o dano que provocavam na Comunidade? Era essa a famigerada Legião Portuguesa, como foi dito por alguém?
Não eram p.i.d.e.(s) nem "bufos". Estes sim. Aquando da guerra civil de Espanha e nos anos subsequentes, se disseminavam e se dissimulavam pelos Cafés, por toda a parte, para espiar e escutar conversas de grupos e a sua baixeza moral era de tal ordem que denunciavam um amigo ou um membro da própria família. Nós, estudantes daquele tempo, dávamos fé de alguns cuja suspeita actividade se veio a confirmar mais tarde.

Naquela condição, o Major Mota estava à vontade e não era contrariado na sua acção em favor da terra que adoptou como sua. Seria até uma estratégia, não pensada mas intuída, que lhe dava alguma vantagem para vencer obstáculos que se lhe deparavam pela frente, como o caso da rua da Junqueira, que levou avante, embora saísse pessoalmente maltratado da contenda, como se viu.

Como Presidente da Câmara não auferia quaisquer proventos não obstante o apego que tinha ao trabalho a ponto de, por vezes, não poder conter um desabafo, acusando-se aos amigos da falta de assistência à família. Nem as horas de refeição ele as podia consagrar inteiramente ao Lar.
Para além das horas de expediente e pela noite adentro, lá ficava o nosso Presidente António José da Mota, sozinho, no seu gabinete, a assegurar o serviço de sua competência e responsabilidade.
Era nessa ocasião que eu o visitava entrando na Câmara pela porta das traseiras, da rua Paulo Barreto e me recebia com a sua peculiar simpatia, pondo-me à vontade para lhe fazer algum pedido. O meu Amigo .sempre me atendeu, não tendo eu , pobre de mim, maneira de lhe retribuir.
A nossa amizade nasceu no tempo em que eu era filiado na milícia da Mocidade Portuguesa. Éramos bastantes os moços que gostávamos de marchar, com garbo, em formação, pelas ruas da vila de arma ao ombro ou exibirmo-nos nas solenidades da localidade ou nacionais, como sendo a procissão do Corpo de Deus ou o dia Primeiro de Dezembro. Tínhamos então dezasseis a dezoito anos. Não nos dávamos fé de nos integrarmos como elementos de propaganda do regímen fascista do "Estado Novo". Não conhecíamos termos comparativos de outras políticas. O que nos agradava era o bom ambiente proporcionado pela camaradagem que o então tenente Mota naturalmente sabia cultivar. À vontade conversávamos, divertíamo-nos, riamos e ele sabia ser tão moço como nós. A amizade recíproca entre os rapazes e o seu Condutor brotou assim, espontânea e sincera.
Para ilustrar esta asserção e do modo do proceder do nosso tenente Mota, passo a contar um episódio em que fui protagonista :

Não me lembro agora o motivo por que estávamos nós, os "milicianos", aglomerados à entrada da igreja da Misericórdia, do anteparo para a porta. Alguém do grupo se meteu a requestar uma colega estudante que por ali apareceu. Em dado momento o diálogo tornou-se um pouco rumoroso. Eu estava muito perto do par e o tenente Mota, confundido, admoestou-me, vivamente, pela "falta de respeito...pouca vergonha” – disse. Claro que eu, rebelde, rezinguei e afastei-me amuado.
Num dia de instrução próximo e já em formatura, o nosso tenente Mota, entretanto inteirado da minha inocência, perfilou-se na minha frente deu "a mão à palmatória" e, com voz entendida por todos, pediu-me desculpa.

Era assim este homem recto que corrigia a si próprio as injustiças involuntariamente praticadas. .
Mais, para prova da sua vertical personalidade, inflexível independência de espírito e humanidade, eu fui testemunha presente de outro facto que passo a narrar :

Este caso é, no tempo, muito posterior ao antecedente e era então o respeitável senhor António José da Mota já major e presidente da nossa Câmara Municipal. Acontece que, não me lembro agora a que titulo, bastante gente aguardava, na arcada dos Paços do Concelho, um alto dignitário do governo ( parece que o governador civil do Porto) e sua comitiva que foi recebida, como manda o protocolo, à entrada, pelo Presidente Major Mota. Entre o público assistente, encontrava-se o idoso e venerando José da Costa Novo, comandante honorário dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, por coincidência avô de minha mulher. No momento em que o séquito entrava no vestíbulo, o velho senhor que ensaiou segui-lo, tropeçou num degrau, caiu e ficou prostrado no solo. Acto continuo o Major Mota, presidente da Câmara, abandona a comitiva e acode a levantar o seu amigo. Entretanto, como se demorou a confortar o "comandante" - era assim que ele se dirigia ao Sr. Costa Novo - a comitiva retomou a subida da escadaria. Alguém lhe quis chamar a atenção para o facto ao que eu lhe ouvi responder, sem equívoco: "que se lixem, o que agora me importa é que o comandante fique bem".
Era assim este Homem!
Dimas de Castro Maio

Texto a publicar em "O Comércio da Póvoa de Varzim" por altura da celebração do seu centenário
( 3 - de Dezembro - 2003 )