terça-feira, maio 22, 2007

ABANDONO DE AVER-O-MAR, EM IMAGENS II


O “Rouxinol de Bernardim” fez um comentário no meu anterior post (clique aí,coments) em que, amavelmente, me censura por me referir a Aver-o-Mar como um “musseque da Póvoa de Varzim”. Mas sente-se que, intimamente, reconhece a minha revolta já que diz, em sentenciosos versos como é de seu timbre e com talento :
“ Averomar … vê o mar/ Na linha do horizonte,/A Vila ´inda há-de chegar/ Quando o povo derrubar/ Esta vil “Póvoa do Monte”
Aqui está implícita a ideia de que, na cidade, há obras desnecessárias em manifesto detrimento daquelas outras , há tempos para aqui projectadas que, se executadas, levariam ao cume o interesse turístico desta terra onde o “canto da sereia” atrai ao encanto das deslumbrantes praias para norte, até à majestosa penedia de Santo André. Ali há uma linda pousada.
Foi abandonado o projecto porque, erradamente pensou o mandarim, não lhe daria a relevância pessoal e a majestade a que se curvam os seus aduladores.
Já se viu que a tal obra, referida em tempo de eleições, era “intervenção fantástica”, mas por que não, ao menos, se demolem as ruínas que tanto desfeiam o ambiente e provocam a indignação das pessoas civilizadas que, para estes lados, habitam.
É exemplo flagrante do desprezo a que estes locais são votados, as ruínas que a imagem mostra : ficam na “praia da Amorosa”; trata-se dum pequeno edifício que foi o posto da guarda fiscal há muito tempo; é pertença da Câmara Municipal; a despesa seria apenas a que importaria a sua demolição.
Não se pode crer noutro motivo para esta má vontade que não seja alguma reservada represália . Quem a terá merecido ?...

sexta-feira, maio 04, 2007

. ABANDONO DE AVER-O-MAR, EM IMAGENS

Se uma imagem vale mais que mil palavras, atente-se no que estas ruínas significam para quem, civilizado, com elas se depara, na rota marginal para o norte da bela e esmeradamente cuidada, cidade da Póvoa de Varzim, onde se situa, abandonada ao desmazelo, aquela outra povoação que intitulam de vila Aver-o-Mar. Aquelas degradações estabelecem um clamoroso contraste entre as paisagens contíguas e provocam, nos visitantes a esta freguesia, uma reacção negativa que os levará, necessariamente, à depreciação deste espaço e às gentes que nele habitam.
(clique sobre a imagem)
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Aver-o-Mar poderá, assim, ser considerada um musseque da Póvoa e os seus habitantes não se sentirão minimamente confortáveis quando se obrigam a admitir que essa ideia terá toda legitimidade, face ao degradante cenário que os envolve.
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Porque a decadência visível não se limita ao mau aspecto destas ruínas. Veja-se o abandono das poucas árvores que, à margem da Avenida dos Pescadores, ainda se enraízam num chão duramente calcado; algumas, destas estão, desde há muito
tempo, partidas ou derrubadas, .
Que eu constate, não há jardineiros em Aver-o-Mar. Em contraste, verifica-se , deles, um grande exército na cidade da Póvoa de Varzim.
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Há um campo de futebol de terra batida mesmo à borda da estrada. Nuvens de pó se levantam e evadem as habitações vizinhas, sempre que aquele desporto ali se pratica .
Muito tempo, também, se passa sem que para estes lados se veja um varredor das ruas.

Esta freguesia, a mais populosa do concelho, tem uma forte razão para reclamar os seus legítimos direitos. Atente-se nos valores daqui arrecadados pela Câmara Municipal. Cite-se tão-somente o “IMI” ( imposto municipal sobre imóveis). Serão centenas de milhar de contos. Para mim, modesto proprietário, pelo que pago, é só fazer as contas !.
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Muito mais terei eu que dizer em abono do protesto que aqui e agora, para começo, deixo registado.
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E a oposição, quando deixará de se limitar ao espaço da sede do concelho para dar testemunho da sua garantia de uma boa alternativa a esta demagógica Autarquia que se sustenta por promessas, para estes lados, de “obras fantásticas” ?