O “Rouxinol de Bernardim” fez um comentário no meu anterior post (clique aí,coments) em que, amavelmente, me censura por me referir a Aver-o-Mar como um “musseque da Póvoa de Varzim”. Mas sente-se que, intimamente, reconhece a minha revolta já que diz, em sentenciosos versos como é de seu timbre e com talento :
“ Averomar … vê o mar/ Na linha do horizonte,/A Vila ´inda há-de chegar/ Quando o povo derrubar/ Esta vil “Póvoa do Monte”
Aqui está implícita a ideia de que, na cidade, há obras desnecessárias em manifesto detrimento daquelas outras , há tempos para aqui projectadas que, se executadas, levariam ao cume o interesse turístico desta terra onde o “canto da sereia” atrai ao encanto das deslumbrantes praias para norte, até à majestosa penedia de Santo André. Ali há uma linda pousada.
Foi abandonado o projecto porque, erradamente pensou o mandarim, não lhe daria a relevância pessoal e a majestade a que se curvam os seus aduladores.
Já se viu que a tal obra, referida em tempo de eleições, era “intervenção fantástica”, mas por que não, ao menos, se demolem as ruínas que tanto desfeiam o ambiente e provocam a indignação das pessoas civilizadas que, para estes lados, habitam.
É exemplo flagrante do desprezo a que estes locais são votados, as ruínas que a imagem mostra : ficam na “praia da Amorosa”; trata-se dum pequeno edifício que foi o posto da guarda fiscal há muito tempo; é pertença da Câmara Municipal; a despesa seria apenas a que importaria a sua demolição.
Não se pode crer noutro motivo para esta má vontade que não seja alguma reservada represália . Quem a terá merecido ?...