domingo, dezembro 02, 2007

O PRESTÍGIO DA NOBRE ARTE DE ENSINAR

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......Meu amigo Armando ( o Marquês ) deu-me, noutro dia, uma ferroadazinha a propósito de um e-mail que lhe enviei, de resposta a um outro seu. Mal compreendido por si, entendendo presunção minha, o que julgou ser uma lição de português, na contra-resposta, titula-me de Senhor “Professor Dr. …”

......Presumo, então, que o meu amigo Marquês, tal como eu, entende que esta dupla cartolada de reverência é, por demais, exclusiva do folclore português. Exagero ridículo para outros povos civilizados. O português ama demais esta titulação de vacuidade. É, não raro, fogo-fátuo da incompetência na função que exerce.

......Analisemos etimologicamente a importância desta "honra" ao expoente máximo do actual “homo sapiens” : o “Professor Dr.”
......Dr. abreviatura de doutor , vem do latim, doctor, doctoris : aquele que ensina ; mestre
......Assim, também, o verbo doceo, doces ,docere ,docui, doctum (enunciando, respectivamente, a primeira e segunda pessoa do pres. do indicativo, infinitivo, primeira pessoa do pert. perf. do indicativo e supino) significa ensinar. Inscreve-se aqui, ainda, o adjectivo docente que diz respeito a professores; ex. : o corpo docente de uma escola. ; docência , o mesmo que professores, o professorado.
......Professor, oris – mestre; aquele que ensina.

......Conclusão: O Professor Dr. é uma redundância ou duas vezes professor; é um professor a valer por dois; ensina a dobrar. Será?

......Isto, em parte, explica-se porque, no meu entender, o termo doutor que designava a arte de ensinar, pelo prestígio que tinha esta nobre profissão, passou a título honorífico.
......Não é que sofresse qualquer evolução semântica, foi e tem sido, apenas, usado pelas classes que se têm como distintas. É actualmente referente a médicos e advogados, outras ocupações pouco conhecidas, a outros cursos académicos superiores mal definidos, sem actividade e, ainda, com a justeza que acabo de afirmar, a professores do Ensino Secundário .

......Quanto a mim, se me querem honrar, prefiro continuar a ser simplesmente professor, minha profissão, ainda que na reforma.

3 comentários:

Anónimo disse...

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renato gomes pereira disse...

presunção e agua benta cada qual toma a que quer...Mas quem conhece os graus honoris causa que as verdadeiras Universidades ministram, antes do "famigerado Bolonha claro", sabe que o autor deste texto que aqui blogo pode ser um ilustre latinista (será?) mas mete água a estibordo, a bombordo,áré e á proa.. e a sua verção 2doutoral só pode ser brindada com um afundanço, afundanço esse sem o mérito daquels que seministram nas aulas dos profs de educação fisica..eh!eh!

basófias e presunções..cada qual se self serve...rrrrrrrrrrrrrrsssssss

Dimas Maio disse...

Cá-Fico

Assim,não! Assim,cá-fica muito mal!
Eu sei que é pessoa bem informada: tenho assiduamente consultado o seu blog e o perfil pessoal que ai tem registado. Não tenho,por isso,dúvida que se fundamente em alguma razão plausível para mostrar o seu desagrado face a este meu post.
No entanto,sem dar crédito à descortesia do seu trato, recuso linguagem metafórica que usa para contestar uma opinião pessoal.
Pelo que me é dado observar da sua personalidade, julgo-o com suficiente capacidade para contrapor seus argumentos a tentar desvalorizar o meu parecer sobre o assunto em questão.
Não sou "ilustre latinista". Possuo,apenas,o Curso de Filologia Românica para me tornar num modesto professor de Português e Francês, que o fui, até à idade limite de 70 anos.
E, para não deixar de responder à sua invectiva de: "doutora", "bazófias e presunções" , só lhe digo que muito me agradariam, de futuro, os seus comentários a meus posts, de concordância ou divergêcia, com a argumentação objectiva, à medida de seu indesmentível saber.