sábado, setembro 16, 2006

AVER-O-MAR - PAISAGEM TÍPICA


Estes “montes de sargaço”, cobertos com colmo, para relembrar uma actividade intensa, relevante para a economia das gentes de Aver-o-Mar, resultam de uma ideia do Presidenta da Junta, com o objectivo de atenuar a aridez paisagística dos espaços abandonados à acumulação de lixos e estendais de miséria que, em parte, conseguiu debelar .
É também, de sua imaginação, um motivo turístico, que lhe foi possível criar, a despertar a curiosidade dos visitantes pela cultura do povo averomarense, aqui, assinalando a actividade característica do “seareiro”, trabalhador da terra e do mar.
Eram, então, acumulados ao longo da estrada marginal para facilitar o carregamento e transporte pelos compradores que utilizavam o seu conteúdo como fertilizante dos terrenos areentos, geralmente no cultivo da batata e da cebola.
Esta actividade, da apanha do sargaço, praticamente acabou, porque os campos foram transformados em estufas de produtos hortícolas, adubados com o lixo da cidade transformado em fertilizante de mais rápida assimilação, compatível com o período mais curto de desenvolvimento e sazonação das plantações.
De princípio, a laboração fazia-se nas modalidades de barco, de cortiço ou de beira.
De barco ou de cortiço, o instrumento da apanha era a ganchorra; na beira, na "comprente" ( incorrecção de complente, maré cheia) era a graveta. Estes utensílios eram característicos dos sargaceiros de Aver-o-Mar. Noutras localidades, como em Apúlia usavam o mais comum, que seria o ganha-pão ou quejandos.
Por isso, seria interessante, na impraticabilidade de colocar naquela cercadura um exemplar de cada dos utensílios que refiro, seria interessante, digo, expô-los, em imagens num painel, com as respectivas legendas.

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