INDIGNIDADES POLÍTICAS .
Sim, indignidades políticas, penso que é o título que se ajusta perfeitamente para encimar este texto em que me ocuparei a comentar o comportamento de determinados actores, iluminados pelas luzes da ribalta, da cena onde se promovem modernos espectáculos de “provocação ao público”
São actores, personagens da cena política, não entidades distintas da sociedade em que naturalmente se farão respeitar pelas suas qualidades intrínsecas. Quero, com isto, dizer que, frequentemente, a representação a que integralmente (?) se dedicam lhes pode causar deformação do comportamento natural, quando não dotados de uma personalidade forte, de carácter incorruptível , impoluto, a todos os títulos, íntegro.
Esta diferença de ser e agir naquela situação de político foi, há tempos, comprovadamente aceite na A.R. quando determinado interveniente, em altercação com outro , se referiu à “sua cobardia”; ao coro de espanto, o primeiro emendou imediatamente para : “cobardia política”. Ficou assim dada e aceite a devida satisfação, ao que se tinha considerado como ofendido.
Cobardias politicas, pois, se constatam a todo o instante.
A vergonhosos actos de absoluta falta de pundonor, de descrédito moral, se deixa arrastar um partido cujos elementos se agridem e insultam em público por motivo da disputa, reciprocamente nada leal, de dois de seus destacados membros, pelo lugar de presidente.
Tem-se evidenciado também pela sua falta de dignidade política um outro cuja pequenez se revela em todas as facetas em que se pretenda considerá-lo. Mentalmente se tem revelado muito abaixo da bitola minimamente aceitável para o desempenho do cargo que o fizeram ocupar. Esganiça-se, em vão, para que oiçam os argumentos que, estou convencido, outros do seu clube, maldosamente, lhe sugerem que ostente na A.R. para contestar as actividades do governo. E sempre sai ridiculamente derrotado pela prova em contrário apresentada pelo ministro competente .
Ainda agora, quando o Primeiro Ministro pretendia, muito legitimamente, em nome do Governo, informar e se congratular, perante os portugueses, por ter alcançado e até ultrapassado o seu objectivo da redução do défice orçamental da meta a si próprio imposta, eis que o "mendinho da direita", a desconcerto, todo se emproa para apresentar o "problema" do aeroporto da Ota, insinuando a agravante do favorecimento, pelo Governo, dos proprietários dos terrenos confinados.
Deste enxovalho, partido da pequenez dum mendinho, contra a probidade do grande Sócrates, só poderia provocar da parte deste a reacção que se lhe vê estampada na imagem: com o seu indicador a ameaçar o "mendinho". - "Não lhe admito isso !"
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