domingo, dezembro 03, 2006

SER E SABER SER POLÍTICO

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Apenas uma pequena introdução para dizer que, o que a seguir exponho, não tem uma finalidade ou rumo pessoal concretamente definido mas, tão-somente, porque quero deixar aqui publicado o meu conceito sobre o tema que sintetizo no título acima . Esse é o meu isento e único objectivo.

Estar, hoje, na política tem as suas regras, nem sempre atinentes a uma boa formação moral.
Contudo há , felizmente ainda, quem não abdique da sua dignidade, da sua honradez de carácter, não obstante saber que, para alcançar e se manter em lugar politicamente relevante, não poderá, em frequentes situações, usar da frontalidade inerente à lisura do seu corrente e normal comportamento.
Não terá, necessariamente, de ser dissimulado, mas deverá saber acautelar-se, munindo-se de boas armas, para se defender daqueles que o são. Prevenir-se contra o fingimento, a astúcia, a manha de seus inimigos e, sobretudo, de falsos amigos ( nesta área é onde existem os maiores traidores), por pretensão do lugar que ocupa, ou por despeito e inveja de seu elevado prestígio social terá de ser a preocupação da personalidade moralmente sólida para não ter, por incauto, de se queixar de vitimização.
Às constantes provocações de seus agressivos antagonistas, a personalidade forte, defende-se com o escudo de sua altivez. Não cai na asneira de usar arma idêntica de arremesso. A cilada da tentação da resposta atá-lo-á, com os liames do descrédito, perante o cidadão informado que saberá distinguir e compensar a probidade do político que ele respeita e, por ventura, elegerá para um hipotético cargo público de responsabilidade política.

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