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Ainda a propósito da “Candeia de Demóstenes”, ocorre-me a referência à reacção de determinados políticos da nossa proximidade face à critica a que, pelos seus cargos de responsabilidade social, estão naturalmente sujeitos.
Se a apreciação pública que deles se faz lhes é manifestamente elogiosa, imagina-se que ficam ufanos mas, fazem questão de se mostrarem superiores, não reparando nos agentes ou autores do elogio: estes, nem em bicos de pés, ficam à altura do seu pedestal. A sua cabeça, laureada pelos louvaminheiros, não admite que possa haver alguém que, assim como os enaltece por actos ou comportamentos meritórios, use da mesma honestidade e isenção para os censurar pelas acções ou actividades consideradas menos ajustadas a personalidades que, por princípio, se obrigam a bem servir a comunidade que, da sua empenhada acção, legitimamente, espera justos benefícios .
Fazer crítica não é, necessariamente, dizer mal, como vulgarmente se entende; dizer bem, também não é, reversamente, louvaminhar como, lamentavelmente, o fazem os aduladores, tão do agrado, e merecendo favores, dos adulados.
Em suma, crítica, de meu senso, não será, nunca, maledicência por (des)prazer ou má vontade contra quem, hipoteticamente, não mereça simpatia do autor.
Criticar comportamentos, acções ou obras de entidades políticas, na área de sua responsabilidade, não é assim tão simples como poderá parecer ao cidadão pouco ou mal informado. Este objectivo carece de plena isenção e honestidade do agente crítico que, ainda por imperativo de credibilidade , deverá valer-se de uma argumentação sólida para, categoricamente afirmar o seu parecer .
Este é o conceito de crítica de que eu, aqui, declaro firmemente comungar .
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Veja-se, em arquivo de Setembro, o post : "ELOGIO / BAJULAÇÃO. - .AUTO-ESTIMA / VAIDADE"
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