domingo, novembro 26, 2006

T A L A S S O T E R A P I A

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"Manuel Agonia investe em unidade de Talassoterapia em Aver-o-Mar"
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Sob este título, nos periódicos locais, foram prestadas informações pormenorizadas de que deduzi estar-se perante uma intervenção não fantástica, mas real, a curto prazo. Deve ser considerada como a mais vantajosa e promissora obra de valor turístico nesta vila, cujas praias têm uma aliciante beleza natural. São fascinantes e tentadoras do desfrute de seus admiradores. Estes são todos os que, com os olhos, têm o prazer de as mirarem, do ar tonificante respirarem, o regalo de nas suas límpidas águas mergulharem e sobre suas brancas areias poderem repousar
Ao reconhecer o interesse público do projecto , a Câmara municipal deu um forte impulso à sua concretização que estará agora apenas dependente do parecer das instituições estatais quanto ao seu potencial interesse Nacional (PIN)”
O projecto mereceu o elogio unânime dos vereadores socialistas e social-democratas”.

É de uma estância de saúde que se trata , mas para além da “estrutura de talassoterapia terá uma unidade hoteleira acoplada”.
Imagina-se a mais-valia para a Póvoa. Para além dos postos de trabalho que se criam pode imaginar-se um pólo de atracção, um núcleo a irradiar linhas de força para o desenvolvimento e expansão de outros focos de interesse público ou privado que se sustentem para além do veraneio.
Imaginativo e empreendedor é o empresário de cuja ousadia a grande Póvoa tem colhido benefícios. Haja em vista a meritória criação do grande estabelecimento hospitalar “Clipóvoa”. Apenas este exemplo para definir e confiar na acção do homem que jamais quer estar parado.
O nosso Município, com toda a justiça, propõe-se derrubar as barreiras burocráticas que possam impedir ou retardar a OBRA Confiemos no sucesso da sua intervenção que desejamos, desde já, aplaudir.

Diz-se que está prevista a instalação numa praia a que alguém resolveu denominar “praia das velas”. Estranho essa designação. Eu que, como pescador amador, vezes sem conta, de noite ou de dia, calcorreei todas as reentrâncias que a imagem mostra, desconheço tal praia. Será que quereriam dizer “praia das canas” , também chamada “praia da caninha”, muito próxima do “cabo de carreira” dos penedos de Santo André ?
Pois, ali, naquele areal, ao abrigo daquela penedia que vai pelo mar dentro, o majestoso trono de Neptuno, ali, naquele amplo espaço onde, na imagem, se divisa o valo verde de chorões, é que ficaria bem implantada a talassoterapia e o edifício do hotel.

domingo, novembro 19, 2006

A PROMETIDA "INTERVENÇÃO FANTÁSTICA " EM AVER-O-MAR

belas ruinas - "grande atracção turística nas praias" - Aver-o-Mar

O fantástico não se vê. Isto sim , é o real ! É piramidal! É tão antigo como as pirâmides do Egipto ! Tem o mesmo valor histórico ! Não se meta, aqui, o "camartelo do progresso". Se o fizerem, os averomarenses clamarão contra a barbária!

sábado, novembro 18, 2006

. . .MEU CONCEITO DE CRÍTICA

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Ainda a propósito da “Candeia de Demóstenes”, ocorre-me a referência à reacção de determinados políticos da nossa proximidade face à critica a que, pelos seus cargos de responsabilidade social, estão naturalmente sujeitos.

Se a apreciação pública que deles se faz lhes é manifestamente elogiosa, imagina-se que ficam ufanos mas, fazem questão de se mostrarem superiores, não reparando nos agentes ou autores do elogio: estes, nem em bicos de pés, ficam à altura do seu pedestal. A sua cabeça, laureada pelos louvaminheiros, não admite que possa haver alguém que, assim como os enaltece por actos ou comportamentos meritórios, use da mesma honestidade e isenção para os censurar pelas acções ou actividades consideradas menos ajustadas a personalidades que, por princípio, se obrigam a bem servir a comunidade que, da sua empenhada acção, legitimamente, espera justos benefícios .

Fazer crítica não é, necessariamente, dizer mal, como vulgarmente se entende; dizer bem, também não é, reversamente, louvaminhar como, lamentavelmente, o fazem os aduladores, tão do agrado, e merecendo favores, dos adulados.

Em suma, crítica, de meu senso, não será, nunca, maledicência por (des)prazer ou má vontade contra quem, hipoteticamente, não mereça simpatia do autor.

Criticar comportamentos, acções ou obras de entidades políticas, na área de sua responsabilidade, não é assim tão simples como poderá parecer ao cidadão pouco ou mal informado. Este objectivo carece de plena isenção e honestidade do agente crítico que, ainda por imperativo de credibilidade , deverá valer-se de uma argumentação sólida para, categoricamente afirmar o seu parecer .

Este é o conceito de crítica de que eu, aqui, declaro firmemente comungar .
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Veja-se, em arquivo de Setembro, o post : "ELOGIO / BAJULAÇÃO. - .AUTO-ESTIMA / VAIDADE"

sábado, novembro 04, 2006

COM A CANDEIA DE DEMÓSTENES À PROCURA DE UM HOMEM

A propósito da imagem e o que ela confirma do comportamento de certos políticos, ocorre-me a metáfora da “candeia de Demóstenes” :

Demóstenes, grande orador e político grego, de candeia acesa pelas ruas de Atenas, procurava, em vão, um homem...

A figura que aqui se vê, a um nível inferior e sorrindo para agradar à que aparece sobranceira e condescende em estender-lhe a mão, não tem, com toda a certeza, a mínima semelhança com a estatura moral do homem que o filósofo, debalde, buscava .

Pode dizer-se que ambos se cumprimentam reconhecendo-se mutuamente pela baixeza da sua dignidade. Sim, o mínimo que me permito censurar é a sua falta de amor próprio. As suas consciências moldam-se e acertam-se pelas conveniências políticas, em tempos oportunos, para ambos.

O senhor, o de maior estrutura física, na sua entrevista pela jornalista Judite de Sousa e, reiteradamente, em público, sempre que questionado, diz serem mentira todas afirmações de desconsideração que proferiu acerca do Continente. Nega o que tem sido por demais evidente, inclusive a chantagem da ameaça da independência. Agora diz: “amo a minha pátria que é Portugal” ; “lutando pela Madeira, sou português a querer o melhor para o meu país” . É mais ou menos com isto que, em substância, se afirma “o grande patriota”

Do outro, do baixinho, o menos de que se pode falar e é por demais suficiente, é a sua falta de brio da sua postura submissa, a tocar as raias da humilhação.
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O cúmulo do ridículo, é que, por último, os papeis parecem inverterem-se: o maior, o que tinha desprezado o mais pequenino, promete a este que se ele, "grande amigo", for primeiro ministro, como augura, estando reformado da política, se prestará a ser o seu motorista.
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Sendo assim, com o descrédito deste exemplo, Demóstenes, hoje, de candeia acesa pelo caminho da política , encontraria um homem ?
Nestas tristes figuras, não, com certeza !