Armando Marques
O nosso Município, todos os anos, no dia consagrado à celebração da ascendência da Póvoa à categoria de cidade, sempre, em actos solenes, tem prestado justa homenagem a quem, por algum modo relevante, haja notoriamente revelado um notável afecto a esta sua terra de nascimento ou de eleição.
Entre os enaltecidos, este ano, merece-me especial congratulação o velho amigo Manuel Silva Pereira. Pelo seu apego altruísta à nobre missão da Misericórdia, ele é incontestável merecedor do galardão recebido: “Medalha de Cidadão Poveiro - grau prata”.
Ao registar aqui a minha satisfação pelo acto que honra este meu amigo, ocorre-me mencionar, como igualmente digno de ser nomeado publicamente, outro a quem muito estimo pelo seu carácter; poveiro íntegro, alheio a partidarismos quando é à Póvoa que ele se dedica inteiramente. De longe, no tempo, eu venho observando o seu esforço meritório em prol da terra onde se sente orgulhoso de ter nascido: Poveiro de gema , segundo a sua própria expressão.
Tem sido mais de bastidores do que de cena a sua acção. Por isso, não tem aparecido, com a merecida frequência, à ribalta, no magno palco da nossa cidade.
Como responsável, pelos Serviços de Turismo, exerceu a sua actividade com inexcedível profissionalismo. O coração sempre lhe estimulou a mente para a acção. O dever sempre lhe foi imposto pelo arreigado amor à terra de seu berço.
A eficácia de muitos eventos se deve à sua capacidade organizativa. Com o constante objectivo da promoção da Póvoa, sempre prestou, com o maior empenho, a sua colaboração às entidades que aos Serviços da sua responsabilidade recorriam.
Vem a propósito, nesta altura das “festas da cidade”, dizer de como, o meu dilecto amigo às mesmas, está reconhecidamente associado:
Ele foi o colaborador destas festividades, consagradas a S.Pedro, desde a primeira iniciativa municipal, em 1962, tendo sido o apresentador do primeiro cortejo do mar, cooperando com a “Comissão de Iniciativa”, então constituída através dos Serviços de Turismo de que era responsável. E, desde então, empenhou-se na continuidade das respectivas organizações, escolhendo os colaboradores para o trabalho em equipa, até à sua aposentação em 1987.
É óbvio que se trata, exactamente, do Armando Marques, a quem, há dois anos , no jantar de aniversário do Rancho Poveiro, na Estalagem de S.Felix, foi concedida a salva de prata da Câmara , com a legenda de gratidão e brasão da cidade, em dourado e, ainda, o distintivo de ouro do Rancho ( um par dançante) pelo Dr. Macedo Vieira, comemorando 50 anos de sua ligação funcional e afectiva àquele Grupo Folclórico.
Que esta minha modesta, mas sincera, homenagem ao Armando tenha a repercussão com o objectivo que, se advinha, eu pretendo.
Dimas Maio ( dimasmaio@netcabo.pt )